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“Gaspar tem a fama, mas Centeno tem o proveito” (e Costa nunca precisou tanto dele)

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PSD / Flickr

Luis Marques Mendes

Mário Centeno “é um grande trunfo eleitoral do PS” e António Costa precisa dele para ganhar votos nas próximas eleições legislativas. Quem o diz é Marques Mendes, notando que o ministro das Finanças “é o campeão do défice, mas também da carga fiscal”.

O habitual espaço de Marques Mendes no jornal de domingo da SIC foi centrado na figura de Mário Centeno, com o comentador a elogiar o trabalho do ministro das Finanças no Governo, destacando o défice histórico que conseguiu.

Portugal fechou 2018 com um défice de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), o que representa o valor mais baixo do regime democrático, só encontrando dados semelhantes antes do 25 de Abril.

“Centeno é o campeão do défice, mas também é o campeão da carga fiscal“, considerou Marques Mendes. “Vítor Gaspar tem a fama mas Mário Centeno tem o proveito”, afirmou ainda o comentador lembrando as medidas implementadas pelo anterior ministro das Finanças do Governo PSD/CDS e que não foram revertidas pelo actual responsável da pasta.

Marques Mendes evidenciou que Centeno “conseguiu mudar a natureza do PS no domínio financeiro”, frisando que o partido era visto como “despesista” e de “contas desordenadas”, fruto dos Executivos de António Guterres e de José Sócrates.

Com esta “mudança estratégica”, Centeno “teve o mérito de não ceder às pressões despesistas, em prol de défices maiores”, conseguindo “agradar a eleitores de centro e de direita” e criando uma imagem de “popularidade e credibilidade”, de “autoridade” e de “simpatia”.

“Raramente um ministro das Finanças teve tanto peso político“, constatou ainda Marques Mendes, frisando que Centeno pode ser o grande trunfo eleitoral de António Costa nas legislativas.

“É muito raro ver-se esta situação: é o primeiro-ministro que precisa do ministro das Finanças, não é o ministro das Finanças que precisa do primeiro-ministro”, atirou o antigo líder do PSD no seu espaço de comentário.

Sobre as legislativas, Marques Mendes referiu que o PS poderia estar lançado para uma maioria absoluta, devido às vitórias no défice, no desemprego, no crescimento e na devolução de rendimentos. Mas “fez uma má gestão do ciclo”, apostando tudo em 2018 “porque gostava que tivesse havido uma crise” com o Bloco de Esquerda ou com o PCP. “Os parceiros não fizeram esse favor” e o PS “teve medo de arriscar”.

António Costa fez uma “má gestão das expectativas, porque decretou muito cedo o fim da austeridade, o que fez com que as reivindicações fossem inflacionadas”, atirou ainda Marques Mendes, acusando o PS de estar a “cometer erros enormes”.

O comentador referiu que o PS “acomodou-se ao poder, convenceu-se de que a maioria absoluta estava no bolso”, revelando “tiques de arrogância e sobranceria” e não antecipando poder ter neste ano “tanta conflitualidade social”.

Os casos das nomeações de familiares para cargos públicos e políticos está a agravar também o cenário para o PS. “O problema é o excesso, a profusão de casos que dá a ideia de um padrão”, realçou Marques Mendes, antevendo que “em período eleitoral este desgaste é amplificado“.

Neste quadro social e político, Marques Mendes prevê que o PS “vai ganhar as eleições, mas vai ganhar mal comparado com as expectativas”, alertando que António Costa vai ter uma vida de “inferno” que “pode ser uma repetição de Guterres”.

ZAP //

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9 Comments

    • Hahahaaaa!… muito bom!
      Exacto, a opinião de um politico -dvogado mafioso, ex-lider do PSD e que está envolvido em várias PPP’s ruinosas para o país, é do mais independente que há!!

  1. Não é independente, como é óbvio, mas creio que a sua análise seja correcta.
    Salvem esta página/conteúdo para mais tarde recordar e verificar se yinha – ou não – razão!

  2. O ano de 2018 representou a maior carga fiscal sobre o povo português desde que há registos. Parabéns esquerdalha pelo facto de conseguirem roubar ao povo tudo o que este tem para dar, sem nada darem em troca. Muitos parabéns!

    • Totalmente apoiado. O melhor comentário aqui escrito. Levam-nos tudo em impostos e depois não há saúde, justiça, educação, os transportes andam sempre em greve. Não percebo nada disto. Mas que país o nosso.

  3. Estes comentadores devem andar todos a distraídos ou então emprenham pelos ouvidos. Já foi explicado até à exaustão que é mentira que a carga fiscal tenha aumentado. O IRS não sofreu aumento e o aumento das receitas deve-se à criação de mais de 350 000 postos de trabalho pois são mais uns milhares a descontar para esse imposto. O IVA tanto não aumentou como diminuiu em vários sectores. As pessoas compram mais e a receita aumenta. As receitas da SS aumentam pois há mais 300 000 a descontar. Os cortes dos salários e das pensões foram repostos que geram mais receita em termos de impostos. O minorca do Marques Mendes sabe isto mas faz o papel de PSD que é tentar desvorizar e enganar as pessoas. Depois temos os comentadores que engolem tudo o que é dito.

    • O senhor deve estar a gozar. Não me surpreende porque ainda não há oito dias dois economistas em quiseram vender a mesma treta. Se a economia cresce 2% como é que justifica que a carga fiscal tenha subido mais de 10%? Não estamos a falar em termos absolutos. Estamos a falar num rácio. Se o emprego cresce e a economia no global também a carga fiscal que é uma taxa sobre essa economia deve crescer na mesma proporção. Só os parvos não compreendem. Depois apresentam a desculpa que o IRS desceu porque deve ter sido o único. Esquecem-se de muitos outros impostos que subiram. Assim é que vocês enganam os papalvos, alguns que nem contas se sumir sabem fazer.

  4. Olha que é ele:
    “O Independente revelava em 1992 que mulheres de sete governantes de Cavaco Silva pertenciam ao mesmo governo que os maridos. PS recorda episódio para contra-atacar oposição… e Cavaco Silva.”
    https://www.publico.pt/2019/04/04/politica/noticia/mulher-proximo-nomeacoes-mulheres-ministros-cavaco-noticia-1868010
    Este minorca mafioso anda sempre a mandar bitaites, mas esqueceu-se que em 1992 ele e mais 6 colegas tinham as 7 mulheres nomeadas no mesmo governo de que faziam parte!!
    Lindo!…

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