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Tudo em aberto na corrida ao trono centrista (mas geringonça está em cima da mesa)

Manuel De Almeida / Lusa

João Almeida e Francisco Rodrigues dos Santos são dados como favoritos. No entanto, o próximo líder do CDS pode ser decidido com “geringonça”.

No CDS, o método de eleição dos presidentes é diferente dos outros partidos: neste partido, são as moções de estratégia que vão a votos em primeiro lugar, e só depois, com essa espécie de sondagem feita, se avança para a votação da direção.

Desta forma, explica o Expresso, quem tiver a moção mais votada pelos congressistas pode não ser o próximo líder centrista. Entre as duas votações, há espaço para diálogos que podem resultar em coligações entre candidatos.

Uma fonte do CDS ligada ás candidaturas disse ao matutino que, “dependendo de quem fique em segundo, pode haver uma ‘geringonça’“. “O segundo mais votado pode ganhar o congresso”, acrescentou.

Outro militante muito próximo de outro candidato corrobora. “O resultado vai depender das alianças. Pode haver um acordo [entre o segundo e o terceiro].”

Ainda que haja cinco candidatos ao lugar, nestas contas entram os três que se prevê que saiam mais bem colocados: João Almeida, Francisco Rodrigues dos Santos e Filipe Lobo d’Ávila. De acordo com o Expresso, nas candidaturas de Almeida e Ávila estas contas estão a ser feitas. Cenário diferente acontece com o líder da Juventude Popular.

Em entrevista ao jornal Público, Francisco Rodrigues dos Santos disse querer travar os cenários alternativos. “Há uma norma não escrita, que corresponde a uma tradição do partido, em que o primeiro subscritor da moção mais votada tem o direito de apresentar candidatura aos órgãos nacionais do partido, sendo que os que foram derrotados ficam inibidos de o fazer.”

O Expresso escreve que este aviso de “Chicão” é lido como uma “tentativa de condicionar” os candidatos que estejam a equacionar alianças se não ficarem em primeiro lugar.

Francisco Rodrigues dos Santos está decidido a só se candidatar se vencer a moção. Mas o facto de as moções serem votadas em primeiro lugar dificulta a criação de maiorias – uma vez que há mais documentos de estratégia do que candidatos.

ZAP //

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