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Carro a hidrogénio todo-terreno testado ao limite em antiga mina de carvão. Vem aí o Extreme H

Estão a decorrer, numa antiga mina de carvão, na Escócia, os testes da primeira série de carros todo-o-terreno movidos a hidrogénio – os Extreme H. Está em curso uma “incubadora tecnológica” revolucionária para o futuro automóvel.

Os Extreme H (com H de hidrogénio) vai ser os primeiros carros todo-o-terreno a hidrogénio.

As corridas vão acontecer em 2025, numa antiga mina de carvão na Escócia.

Esta competição será uma evolução da atual, que é totalmente elétrica (a Extreme E).

Ali Russell, diretor executivo da Extreme E, explicou à New Scientist que o grande objetivo dos testes é contribuir para o desenvolvimento do hidrogénio como tecnologia automóvel futura e demonstrar o seu potencial ecológico.

“Estamos a utilizar as corridas para acelerar a adoção e a inovação em torno do hidrogénio (…) para que o nosso próximo carro seja a hidrogénio”, perspetivou.

Mais do que para o automobilismo, os carros a hidrogénio podem tornar-se, num futuro próximo, opções mais viáveis para os carros do nosso dia-a-dia.

Pioneer 25

O primeiro carro de corrida todo-o-terreno movido a hidrogénio do mundo chama-se Pioneer 25.

Como detalha a New Scientist, o Pioneer 25 usa hidrogénio produzido a partir de fontes de energia solar e eólica, na Arábia Saudita.

O diretor técnico da Extreme E e responsável pelo desenvolvimento do carro, destaca, àquela revista, a importância da energia verde. “No automobilismo, procuramos sempre os padrões de ouro (…) Não queremos fazer concessões e utilizar uma forma de hidrogénio inferior ao hidrogénio verde”, explica Mark Grain.

Incubadora tecnológica

Os responsáveis explicam que, neste momento, o importante é testar a tecnologia em ambientes extremos, melhorar o desempenho e preparar o carro.

Sendo um conceito revolucionário, a Extreme H vai fundamentalmente funcionar como uma incubadora de tecnologia.

“Precisamos de criar o ambiente certo para que a economia do hidrogénio funcione, o que tem a ver com a adoção em massa”, considera Russell.

Hedda Hosås, piloto de testes do Extreme H, diz à New Scientist que cada vez que o carro é posto à prova, há cada vez menos dúvidas: “O carro Extreme H vai ser mais rápido do que o carro Extreme E, em pista”.

ZAP //

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