Quando assinou o contrato inicial de manutenção do Elevador da Glória em 2019, a Carris não exigiu experiência anterior com elétricos às equipas técnicas da Main.
A Carris adjudicou, em 2019, a manutenção do Elevador da Glória à MNTC – Serviços Técnicos de Engenharia, Lda. (conhecida como Main), sem exigir experiência anterior às equipas técnicas da empresa. A revelação foi feita pela revista Sábado e confirmada pela transportadora lisboeta.
No concurso público lançado em junho desse ano, com preço-base de um milhão de euros, a Main venceu ao apresentar a proposta mais baixa, no valor de 868 mil euros. No caderno de encargos não constava qualquer exigência de experiência para os técnicos afetos ao serviço, permitindo à empresa, até então sem historial no setor, obter o contrato.
Antes disso, a Main dedicava-se à manutenção de piscinas e ao tratamento de ar, sobretudo durante a pandemia. Só em 2022 alterou oficialmente o seu objeto social para incluir “reparação, manutenção e instalação de máquinas e equipamentos”.
Em julho do mesmo ano, a Carris voltou a lançar concurso, desta vez com preço-base de 1,7 milhões de euros, já exigindo experiência mínima de dois anos na manutenção de equipamentos. Ainda assim, a Main voltou a vencer, apresentando a proposta mais baixa, de 851 mil euros. Com serviços adicionais de reparação devido a vandalismo e acidentes, o valor final do contrato ascendeu a cerca de 995 mil euros, o que corresponde a quase metade do limite máximo orçamentado e bastante inferior às propostas concorrentes.
A Main foi criada há 15 anos pelo engenheiro Gustavo Pita Soares, que detém 75% do capital, com os restantes 25% a pertencer à namorada, Marieta Garcias. A empresa, sediada em Almada, conta com 28 funcionários e um capital social de 15 mil euros. Em 2024, registou uma faturação de 1,29 milhões de euros.
Desde 2017, a Main já assinou pelo menos 33 contratos públicos, totalizando mais de quatro milhões de euros, envolvendo municípios e empresas públicas.
Mais recentemente, em 2025, o concurso para manutenção do Elevador da Glória foi cancelado porque todas as propostas ficaram acima do orçamento disponível. Para assegurar a continuidade do serviço, a Carris recorreu a uma consulta prévia urgente, atribuindo novamente à Main a manutenção do funicular por um período de cinco meses.
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Não será a amarração do cabo à carruagem ser feita por trambolho que está mal? Não confiava naquilo nem para a corda da roupa.
Estamos a um passo de descobrir quem é o RESPONSÁVEL, quem decidiu meter ao bolso o dinheiro e contratar o amigo….
Primeiro não precisa de experiência, mas passados dois anos sem experiência já exigem dois anos de experiência. Lol concurso feito pelo melhor dos alfaiates
De que familiar de que político é a empresa de manutenção?
Estamos quase a lá chegar!