BYD apresenta os seus novos carregadores ultrarrápidos. Carregam elétricos em 5 minutos

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Os novos carregadores rápidos do fabricante chinês BYD demoram apenas cinco minutos a restaurar 400 quilómetros de autonomia de um carro elétrico. É quase o tempo que um carro a combustão perde numa gasolineira.

A BYD, o maior fabricante de veículos elétricos do mundo, afirma que o seu novo carregador – conhecido como Super E-Platform – pode fornecer até 1000 quilowatts de potência de carregamento, devolvendo à bateria uma autonomia de até 400 quilómetros em 5 minutos.

Em comparação, as estações de carregamento rápido nos EUA e no Reino Unido, como os supercarregadores da Tesla, atingem normalmente cerca de 350 ou 400 quilowatts, demorando 15 minutos a adicionar cerca de 300 quilómetros de autonomia.

A questão do carregamento é o principal obstáculo à venda de veículos elétrico. Agora, o novo carregador carrega baterias quase em tanto tempo como um carro a combustão enche o depósito.

Segundo Gil Tal, da Universidade da Califórnia, em Davis (EUA), em declarações à New Scientist, a tecnologia da BYD representa muito provavelmente o limite superior extremo das opções de carregamento rápido no futuro.

Embora esta seja uma boa notícia para os proprietários de carros elétricos na China, segundo a electrek, é pouco provável que os carregadores estejam disponíveis a nível mundial, num futuro próximo.

Além disso, a BYD não esclareceu que modelos de veículos elétricos poderiam tirar partido dos seus carregadores ultra-rápidos.

A BYD planeia instalar 4.000 estações do seu novo carregador na China.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, a administração de Donald Trump suspendeu um programa de 5 mil milhões de dólares destinados à instalação de meio milhão de carregadores de alta velocidade até 2030.

BYD adia fábrica por medo dos EUA

A China parece estar a ultrapassar os EUA, em matéria tecnológica. E, ironicamente, isso está a provocar medo nos… chineses.

O Ministério do Comércio chinês anunciou que está a adiar a aprovação de uma nova fábrica da BYD no México, por receio de que a tecnologia desenvolvida pela empresa acabe nas mãos dos EUA.

Segundo o Financial Times (FT), a China considera que o México teria acesso ilimitado aos sistemas e tecnologias avançadas da BYD e que a proximidade do país em relação aos Estados Unidos poderia significar que os norte-americanos também poderiam aceder a essas tecnologias.

Em 2023, a BYD anunciou planos para construir uma fábrica no México, onde produziria cerca de 150 mil veículos por ano e criaria 10 mil postos de trabalho.

Trump fez perder entusiasmo

De acordo com o jornal britânico, o regresso de Donald Trump à Casa Branca fez com que também o México perdesse algum do entusiasmo pelo projeto da BYD, tornando mais prioritária a manutenção das relações com o vizinho do norte face à ameaça de taxas sobre o comércio transfronteiriço.

Depois de Trump ter acusado o México de ser uma “porta das traseiras” para produtos chineses entrarem nos EUA sem pagarem os impostos, o Governo mexicano anunciou taxas contra os têxteis do país asiático e investigações ao aço e alumínio chineses por alegada concorrência desleal.

Para Gregor Sebastian, analista da Rhodium, citado pelo FT, “o Governo mexicano gostaria obviamente de obter algum investimento chinês, mas a sua relação comercial com os Estados Unidos é muito mais importante”.

Miguel Esteves, ZAP //

2 Comments

  1. A BYD planeia instalar 4.000 estações do seu novo carregador na China. Isto é senão houver uma Merdi.e por lá. caso contrário instala 5.

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