De defesa central a avançado, da segunda divisão portuguesa a Nápoles, de suplente a homem golo do Benfica. Carlos Vinícius é o goleador nato que nasceu sem o ser.
Carlos Vinícius tem uma história como poucos no futebol. O agora homem golo do SL Benfica teve uma carreira de altos e baixos, tendo entrado na ribalta do futebol português pela porta das traseiras. Até ao momento, em 20 jogos disputados de ‘águia’ ao peito, o brasileiro leva 14 golos em todas as competições.
Formado no Santos e no Palmeiras, dois grandes clubes do Brasil, Carlos Vinícius teve dificuldades em assumir-se e a sua carreira entrou numa espiral descendente. Mudou-se para equipas secundárias como o Caldense e, depois, o Grêmio Anápolis. No início do seu percurso, Vinícius era defesa central, tendo só depois sido adaptado a avançado pelo então treinador Marcos Valadares.
Num passado não muito longínquo, em 2017, Carlos Vinícius estava com o Grêmio na 2ª divisão do Campeonato Goiano, onde se sagrou campeão e começou a dar nas vistas.
As boas exibições valeram-lhe uma ida para Portugal para representar o Real Massamá, que há duas temporadas militava no segundo escalão português. A influência de Vinícius foi imediata em Queluz. Apesar de a sua equipa ter terminado o campeonato no último lugar, o canarinho foi o segundo melhor marcador do campeonato, com 19 golos.
Era uma questão de tempo até que alguém abordasse o jogador para o levar para palcos maiores. Essa equipa foi, talvez, a mais inesperada: o Nápoles. Os italianos pagaram 4 milhões de euros ao Real Massamá pelo passe do promissor avançado.
Sem lugar na equipa de Carlo Ancelotti, o técnico italiano decidiu emprestar o jogador ao Rio Ave. Mais uma vez, Carlos Vinícius brilhou e causou um impacto imediato. Em Vila do Conde, o jogador fez um registo idêntico ao desta temporada: em 20 jogos, fez 14 golos na primeira metade da época.
A sua veia goleadora atraiu o interesse do Mónaco, onde passou a segunda metade da temporada passada. Com os monegascos, Vinícius passou um bocado ao lado daquilo que mostrou no passado. Em 16 partidas no principado, fez as redes balançar apenas duas vezes.
Depois de altos e baixos, Carlos Vinícius chegou ao Benfica este ano numa transferência surpreendente que custou 17 milhões de euros aos cofres ‘encarnados’. Sem ser opção de Bruno Lage no início da época, o brasileiro acabou por ganhar a sua confiança e não tardou a provar o seu valor.
“Era central e batia muito nos avançados”
“É um finalizador nato e tem um pé esquerdo muito forte. Vai dificultar a vida a De Tomas e Seferovic”, tinha dito Erik Mendes, jogador do Alverca e seu antigo companheiro no Palmeiras, em entrevista ao jornal O JOGO. As declarações do seu parceiro premeditaram aquilo que estava para vir do avançado.
“Ele era central e batia muito nos avançados. Ele marcava-me e foi uma disputa boa. Ele batia-me e eu dizia-lhe: “vai devagar, meu filho”. Mas é normal quando se chega a um clube querer mostrar serviço e no Palmeiras não foi diferente. Queria mostrar trabalho e dizia-lhe que se não parasse de me bater eu também lhe ia bater. Com os treinos, nasceu a amizade”, acrescentou.
Sorrateiramente, o central que agora é goleador vai-se assumindo como a principal arma atacante do emblema da Luz. Faz a pose, Vinícius. Faz a pose.
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Para muitos portugueses desporto é sinónimo de futebol. A seguir, futebol são três clubes. Também este site transparece essa mentalidade terceiromundista.
Marcou 1/2 dúzia de golos já é um goleador nato. Nascido para marcar golos no grande lampião de carnide.
Que nojo de comunicação social temos em portugal…