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Instituição de caridade do príncipe Carlos acusada de receber dinheiro sujo

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(dr) Prince's Charities Foundation

Sua Alteza Real, o Príncipe Carlos, em ação de caridade na Roménia

A Prince’s Charities Foundation, instituição de caridade administrada pelo príncipe Carlos de Inglaterra, foi acusada de receber dinheiro de uma empresa offshore, que movimentava dinheiro sujo da Rússia para a Europa e EUA.

No total, acredita-se que cerca de 4 mil milhões de euros foram canalizados de uma rede russa de 70 empresas offshores, com contas na Lituânia, de acordo com o The Guardian. O dinheiro foi já associado a fraudes cometidas durante a presidência de Vladimir Putin.

A acusação parte do Projeto de Relatório de Crime Organizado e Corrupção e do site lituano 15min, após analisarem mais de um milhão de transações bancárias. A fuga de informação bancária é uma das maiores de sempre.

O banco de investimento russo Troika Dialog está sob investigação como principal suspeito de orquestrar este esquema. O jornal britânico revela que e-mails de gestores do banco mostravam que estes mantiveram o dinheiro a circular durante mais de oito anos.

Por enquanto, não há provas de que os destinatários que receberam o dinheiro soubessem da sua proveniência. O esquema misturava dinheiro sujo com dinheiro legítimo, tornando difícil a tarefa de o rastrear.

Como a Fundação do Príncipe Carlos movimentou 200 mil dólares da Laundromat

O dinheiro seria usado para comprar jatos privados, iates, casa luxuosas, férias, bilhetes de futebol e propinas nas melhores escolas privadas do Reino Unido.

Entre 2009 e 2011, três transferências no total de 170 mil euros de Ruben Vardanyan, na altura dono da Troika Dialog, foram para a Prince’s Charities Foundation. O dinheiro veio de uma empresa de fachada das Ilhas Virgens Britânicas, a Quantus Division Ltd.

Mais tarde, devido a problemas financeiros da instituição de caridade, Vardaryan angariou 1,7 milhões de euros de um grupo de empresário russos. Em 2014, como forma de agradecimento ao milionário russo, o príncipe Carlos organizou um jantar de gala.

Em sua defesa, Vardanyan diz que as transações foram doações de caridade destinadas a “preservar o património arquitetónico em Inglaterra”.

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