Caravana diplomática dos EUA atacada no Sudão

Satellite Image 2023 Maxar Technologies / EPA

Uma imagem de satélite mostra um edifício em chamas perto do extremo sul do Aeroporto Internacional de Cartum, no Sudão

Uma caravana com pessoal diplomático dos Estados Unidos (EUA) foi atacada na noite de segunda-feira no Sudão, num ataque atribuído a combatentes das Forças de Apoio Rápido (RSF), disse o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, nesta terça-feira.

Horas antes, o embaixador da União Europeia (UE) no Sudão, o irlandês Aidan O’Hara, tinha sido agredido na sua residência na capital sudanesa, Cartum, relatou a agência Reuters.

Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros da Irlanda, Micheál Martin, o embaixador O’Hara “não ficou gravemente ferido” no ataque, que o mesmo responsável classificou como “uma violação grosseira das obrigações internacionais de proteção dos diplomatas”.

Numa reação ao ataque contra uma caravana diplomática dos EUA, o secretário de Estado norte-americano telefonou em separado ao líder das RSF, o general Mohamed Hamdan Dagalo – conhecido como Hemedti -, e ao líder do Exército do Sudão, o general Abdel Fattah al-Burhan, para lhes dizer que qualquer ataque contra diplomatas dos EUA é “inaceitável”.

“Posso confirmar que uma caravana diplomática dos EUA foi atacada ontem à noite”, disse Blinken, nesta terça-feira, numa entrevista coletiva na cidade japonesa de Karuizawa, onde participou numa reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7.

“Temos profundas preocupações com o ambiente de segurança geral [no Sudão], pois isso afeta civis, diplomatas e trabalhadores de organizações humanitárias”, disse o secretário de Estado norte-americano.

Segundo Blinken, a situação no Sudão está a ser acompanhada em estreita colaboração pelos EUA e por outros países com influência no país africano, incluindo os Emirados Árabes Unidos, a Arábia Saudita e o Reino Unido, bem como a União Africana e outras organizações internacionais.

Os combates no Sudão já fizeram pelo menos 185 mortos e mais de 1800 feridos, com ambos os lados a reivindicarem ganhos num conflito em que já foram lançados ataques aéreos e usadas peças de artilharia.

Os confrontos prosseguem apesar dos numerosos apelos dos Estados Unidos e de outros países para a suspensão dos combates, e dos esforços do Egito e dos Emirados Árabes Unidos para fazerem com que os rivais alcancem um cessar-fogo.

ZAP //

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