“Cápsula do tempo” do asteróide Bennu vem ajudar a explicar a origem da vida

OSIRIS-REx Mission/ NASA, The University of Arizona

Nave espacial OSIRIS-REx da NASA em visita ao asteróide Bennu

Amostras do asteróide Bennu contêm os principais ingredientes da vida: a água e o carbono. Os cientistas dizem estar “a abrir uma cápsula do tempo que nos oferece informações profundas sobre a origem do sistema solar”.

A missão OSIRIS-REx da NASA trouxe amostras do asteroide Bennu, com 4,5 mil milhões de anos, revelando a presença de água e carbono — ingredientes básicos da vida.

“Ao espreitarmos os segredos antigos preservados no pó e nas pequenas rochas do asteroide Bennu, estamos a abrir uma cápsula do tempo que nos oferece informações profundas sobre as origens do nosso sistema solar”, explicou líder da investigação Dante Lauretta, da Universidade do Arizona, no comunicado publicado  esta quarta-feira pela NASA.

“A abundância de material rico em carbono e a presença abundante de minerais argilosos que contêm água são apenas a ponta do icebergue cósmico”, acrescentou.

As amostras foram recolhidas em 2020 e regressaram à Terra a 24 de Setembro de 2021. A cápsula contendo as amostras foi então enviada para o Centro Espacial Johnson da NASA, em Houston (EUA) para análise em salas limpas especializadas.

Os investigadores submeteram as amostras recolhidas a uma série de testes, confirmando a presença de água, carbono e várias moléculas orgânicas.

Paul Byrne da Universidade de Washington (EUA) em destacou, à New Scientist, a importância destas descobertas, considerando que podem ter implicações para o entendimento de como a água chegou à Terra e a sua existência noutros planetas.

O cientista especulou que saber a quantidade de água no Bennu poderia revelar “se a Terra nasceu molhada, ou seca e depois lhe foi trazida água”, acrescentando que esse conhecimento também poderia ser estendido a planetas como Vénus.

A OSIRIS-REx vai continuar a análise durante os próximos dois anos, preservando pelo menos 70% do material para futura investigação científica global.

ZAP //

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