Ter um cão ou gato está 21% mais caro em comparação com o ano passado

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Os donos de animais de estimação estão a enfrentar dificuldades devido aos grandes aumentos dos preços das rações e produtos.

Ter um animal de estimação já era um luxo que nem todas as pessoas conseguiam suportar financeiramente e a recente escalada de preços está a deixar alguns donos em dificuldades.

Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística, o custo de ter um cão ou um gato subiu 21% em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados da Associação Portuguesa dos Alimentos Compostos para Animais (IACA), citados pelo Público, revelam ainda que o preço da comida para os cães subiu 30% e para os gatos subiu 25%.

Isto significa que nos primeiros 11 meses do ano, cada dono gastou quase 110 euros por mês com cada animal. Na mesma altura em 2021, o valor rondava os 90 euros. Este panorama está a levar a que haja mais pessoas a abandonar os seus animais.

De acordo com Jaime Piçarra, secretário-geral da IACA, as rações dos cães subiram mais “porque foi nas matérias-primas que compõem estes alimentos que se verificou o maior aumento”.

“O milho e o trigo, por exemplo, tipicamente utilizados nas rações destes animais, aumentaram substancialmente”, esclarece. Jaime Piçarra antecipa ainda que os aumentos continuem em 2023.

A análise do KuantoKusta revela ainda que os preços da alimentação e outros produtos para os animais de companhia dispararam até 200%. Entre os dias 1 e 27 de Dezembro, comprar ração seca para cão custava cerca de 53 euros, em média. Já para gato, o valor chegava aos 42 euros.

A ração húmida é uma alternativa mais barata, ficando-se pelos 6,35 euros para gatos e 19 euros para cães. No entanto, as quantidades são menores, pelo que a ração dura menos tempo.

Mudar para rações mais baratas também não é sempre possível, já que há animais mais velhos e com problemas de saúde que impossibilitam a troca. Segundo Sandra Vicente, da União para a Protecção dos Animais (UPPA), em Sintra, há cães que “sofrem de doenças renais e gastrointestinais”, o que obriga a que a ração venha obrigatoriamente do veterinário.

“Os preços variam entre os 60 a 80 euros por um mês”, refere. Por ano, os custos ultrapassam os dois mil euros.

ZAP //

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