Jérôme Champagne, candidato à presidência da FIFA, propõe que o futebol passe a adotar também um cartão laranja, que permitiria aos árbitros punirem jogadores com uma expulsão de apenas alguns minutos.
O francês Jérôme Champagne, de 55 anos, anunciou a sua candidatura esta segunda-feira para tentar substituir Joseph Blatter na liderança do órgão que regula o futebol mundial. As eleições estão marcadas para junho de 2015.
Champagne sugere que algumas faltas menores sejam punidas com dois ou três minutos de ausência do jogador de campo, e cita como exemplo um jogador que já tivesse um cartão amarelo e que teria de receber um segundo cartão apenas por tirar a camisola ao comemorar um golo.
Não é a primeira vez que o tema é debatido pela FIFA: o cartão laranja chegou a ser discutido em 2009, mas acabou por ser descartado pela FIFA.
O brasileiro Pelé gravou uma mensagem de apoio à campanha de Champagne, exibida numa conferência de imprensa esta segunda-feira. “Não posso ficar afastado de um debate tão importante para o futuro do futebol”, disse Pelé no vídeo. “Apoio o Jérôme Champagne e a sua visão.”
Propostas
Outras propostas polémicas do francês incluem impor quotas para jogadores estrangeiros nas equipas, permitir que apenas o capitão da equipa aborde o árbitro e tornar públicos os salários do presidente e da direcão da FIFA. Champagne disse que é preciso estabelecer “uma FIFA diferente, mais democrática e respeitada, que se porte melhor e faça mais”.
Mas Champagne admitiu que terá dificuldades em vencer caso Blatter – que completa 78 anos de idade em março – decida concorrer a um quinto mandato. Questionado sobre se seria capaz de derrotar Blatter, Champagne disse: “Penso que não, ele tem muita relevância”.
Champagne, um ex-diplomata, é também ex-vice-secretário-geral da FIFA – trabalhou ao lado de Blatter entre 2002 e 2005, até deixar o órgão em 2010.
Desde então, trabalha como consultor de futebol em locais como Kosovo, territórios Palestinianos, Israel e Chipre.
Outro possível candidato às eleições de 2015 é o presidente da UEFA, Michel Platini, que ainda não se pronunciou oficialmente.
ZAP / BBC