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A Via Láctea pode ter sido esmagada por campos magnéticos quando ainda era um “bebé cósmico”

ESA

Nos primeiros dias do Universo, quando a Via Láctea ainda era apenas um bebé cósmico, campos magnéticos poderosos podem tê-la esmagado e ter tido um grande impacto no seu crescimento.

Em entrevista ao NewScientist, astrofísicos da Universidade de Cambridge disseram que as suas simulações sugeriram que a Via Láctea seria significativamente maior hoje, se não fosse pelos campos magnéticos primordiais incrivelmente poderosos que ajudaram a moldar o Universo.

Em simulações de uma galáxia semelhante à Via Láctea, a equipa de astrofísicos removeu os efeitos dos campos magnéticos e observou a galáxia crescer mais 45% em volume, de acordo com um estudo que está disponível na plataforma de pré-publicação ArXiv desde o mês passado.

“É um parâmetro muito importante que geralmente é esquecido porque é muito difícil de entender teoricamente”, disse o investigador Sergio Martin-Alvarez, em declarações à New Scientist. “Mas isto pode mudar potencialmente tudo o que sabemos sobre os estágios iniciais do Universo até aos dias modernos”.

Estes campos magnéticos também podem ser a força motriz que explica a forma como buracos negros supermassivos se formaram no centro de galáxias, como o buraco negro Sagitário A * no centro da Via Láctea. Segundo os cientistas, esmagar galáxias para dentro daria aos buracos negros nascentes toneladas de forragem.

“Se uma galáxia está concentrada no seu centro, existe mais material para alimentar um buraco negro e consegue  aumentar a sua massa rapidamente”, disse Martin-Alvarez.

Este estudo poderia ajudar a explicar a forma como as galáxias se formaram desde o início do Universo e como chegaram às suas formas atuais.

ZAP //

 

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