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Campeonato pode voltar em Junho (mas de forma diferente)

Hugo Delgado / Lusa

A principal Liga portuguesa de futebol pode regressar aos relvados “em Junho e Julho”, vaticina o comentador Luís Marques Mendes numa altura em que já há um documento com medidas adicionais às da Direcção Geral de Saúde para limitar ao mínimo possível o risco de contágio.

Numa altura em que a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) ainda está a analisar como vai decorrer o resto da temporada 2019/2020, depois da suspensão de todos os jogos dos campeonatos profissionais a 12 de Março devido à pandemia de Covid-19, especula-se que o futebol pode voltar aos relvados portugueses já em Junho.

Marques Mendes assegura que a LPFP está a pensar retomar o campeonato de futebol “em Junho e Julho”, para a realização dos 10 jogos que faltam.

No seu habitual espaço de comentário na SIC, o comentador refere que estes 10 jogos deverão ser feitos “à porta fechada ou com uma redução muito significativa de espectadores, de maneira a cumprir as regras de saúde e de distanciamento social”.

Quanto à próxima temporada, deverá arrancar mais tarde, “em Setembro, e não em Agosto”, prevê ainda Marques Mendes que diz que “o futebol já teve danos na ordem dos 300 a 400 milhões de euros” com a paragem.

Entretanto, o Jornal de Notícias (JN) revela um documento com linhas orientadoras para jogadores, treinadores e restante staff dos clubes, de modo a que tomem comportamentos mais seguros no regresso da bola aos relvados, reforçando aquelas que têm sido as recomendações da Direcção Geral de Saúde (DGS).

Esse documento foi “elaborado pelos médicos dos clubes participantes nas duas Ligas profissionais”, após ouvirem “diversos especialistas na área da infecciologia, pneumologia, medicina interna, saúde pública e cardiologia desportiva”, como aponta o JN. Estes profissionais aconselham várias mudanças em rotinas típicas do futebol, desde os treinos aos jogos, passando pelas deslocações e pelos estágios das equipas.

Entre estas recomendações está, nomeadamente, o fim da saudação entre equipas e árbitros no arranque dos jogos, bem das rodas de atletas que algumas equipas fazem, seja no início dos desafios ou após o apito final, como acontece com o FC Porto de Sérgio Conceição.

As crianças também não vão poder acompanhar os jogadores na entrada em campo.

As reuniões pré-jogo entre elementos das duas equipas que se defrontam deixarão de ter lugar, tal como as preparações dos detalhes de segurança com as forças de autoridade. Estes detalhes devem ser acertados por video-conferência.

Nas viagens de autocarro, devem seguir apenas jogadores e treinadores e cada elemento deve sentar-se sozinho, mesmo em bancos com dois lugares, e sempre com máscara colocada. Os veículos devem estar apetrechados com desinfectantes e devem evitar usar o ar condicionado.

Caso seja necessário viajar de avião, devem evitar sentar-se em bancos de aeroportos.

Especula-se sobre a possibilidade de haver uma espécie de torneio, em campo neutro, para disputar as 10 jornadas que faltam. Mas caso se mantenham os jogos nos moldes habituais, deve ser determinado que os estágios da equipa sejam curtos ou que sejam evitados, com as deslocações a realizarem-se no próprio dia do jogo, se possível.

As estadias devem ser feitas em quartos individuais ou, caso não seja possível, em quartos com camas separadas por uma distância mínima de 1 metro, com as refeições a realizarem-se em espaços arejados e evitando-se o contacto com funcionários dos hotéis.

Além destas orientações particulares, jogadores e demais staff dos clubes devem continuar a seguir as recomendações da DGS, nomeadamente a lavagem regular das mãos.

ZAP //

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