Os camionistas da Polónia estão a prejudicar o exército da Ucrânia

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Yuri Kochetkov / EPA

Fila de quilómetros na fronteira. Componentes para construir drones e outros elementos essenciais para a Ucrânia registam semanas de atrasos.

Estradas bloqueadas há mais de um mês, postos de fronteira sem acesso e a Ucrânia a ser prejudicada na guerra com a Rússia.

Desde o dia 6 de Novembro que os camionistas na Polónia bloquearam estradas de acesso aos postos de fronteira com a Ucrânia.

Há filas de mais de 30 quilómetros – e que duram até três semanas.

É uma manifestação de camionistas polacos contra as regras da União Europeia sobre a Ucrânia: a flexibilização das regras de transporte de Bruxelas permite que camionistas ucranianos ofereçam preços mais baixos, afectando os negócios dos polacos.

Os manifestantes insistem que não estão a impedir os transportes militares ou a ajuda humanitária para a Ucrânia.

No entanto, avisa a agência Associated Press, há componentes essenciais para o exército ucraniano, como elementos para construir drones ou equipamentos de comunicação, que estão ali retidos há semanas.

Empresas ucranianas, que fornecem material militar, avisam que já estão bloqueadas cerca de 200 camionetas essenciais no transporte de munições e na evacuação de cidadãos.

Essas semanas podem ser sinónimo de semanas de vantagem para a Rússia, no terreno.
E também prejudica a economia da Ucrânia: exportações caíram 40% nas passagens de fronteira afectadas.

A situação escalou até ao ponto em que oficiais polacos e ucranianos, juntamente com a Comissão Europeia, estão à procura de soluções.

No entanto, o protesto tem sido cada vez maior, sem uma solução imediata à vista. Os camionistas polacos não mostram sinais de acabar com o bloqueio fronteiriço.

A UE instou a Polónia a terminar o bloqueio, mantendo-se firme no seu acordo com Kiev, mas isso não aliviou as tensões.

ZAP //

2 Comments

  1. Se calhar o que há é um país com cidadãos que defendem os seus interesses, sem se vergarem às regras da UE, como fazem os “fofinhos” dos Portugueses. Não me admirava mesmo nada !

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