A empresa britânica Cambridge Analytica, envolvida no escândalo sobre o uso de informação de utilizadores do Facebook, declarou falência nos Estados Unidos depois de ter sido alvo de um processo por um tribunal de Nova Iorque.
Fontes judiciais disseram à France Presse que a justiça norte-americana interpôs um processo contra a companhia britânica.
Segundo a AFP, a declaração de falência da empresa de análise de dados, que recolheu informações pessoais dos utilizadores da rede social Facebook para uso em campanhas políticas, foi decretada na quarta-feira nos Estados Unidos.
Na semana passada Cambridge Analytica tinha anunciado o início do processo de insolvência no Reino Unido e nos Estados Unidos cessando de imediato todas as operações.
O Expresso, que cita o Gizmodo, indicou que o fundador da empresa, Nigel Oakes, pediu aos 150 funcionário que empregava nos escritórios norte-americanos que entregassem “imediatamente” os cartões que dão acesso aos edifícios.
Nigel Oakes confirmou este desenvolvimento ao diário nova-iorquino. Ligada à campanha eleitoral do agora Presidente norte-americano, a Cambridge Analytica justificou o encerramento com a perda de clientes e o aumento dos custos com a justiça.
“Foi considerado que já não é viável continuar a operar nesta atividade”, indicou no comunicado.
No mesmo documento, a empresa garantiu que tudo o que fez não só é legal, como também é um comportamento habitual no mundo da publicidade digital.
Vários meios de comunicação social divulgaram, em março, informações que indicavam que a consultora utilizou dados de utilizadores do Facebook para criar um programa informático que ajudou a impulsionar a campanha eleitoral do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Segundo um ex-funcionário da empresa, a Cambridge Analytica terá ainda estado envolvida no referendo do Brexit.