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CaixaBank reforça domínio e retira BPI da bolsa

António Cotrim / Lusa

O CaixaBank revelou este domingo que vai requerer a retirada do Banco BPI de bolsa, depois de ter acordado comprar ao grupo Allianz mais 8,425% do capital social, ficando assim com 92,935% do capital da instituição.

O CaixaBank vai investir mais 327 milhões para ficar com todo o BPI, o que eleva a quase mil milhões o gasto em dois anos. Segundo o Negócios, o Allianz vendeu a posição que insistiu manter na OPA de 2017. E ganhou com isso.

Em comunicado enviado ao regulador do mercado acionista, o grupo espanhol deu a conhecer os detalhes do acordo, referindo que “o preço total da aquisição é 177.979.336,50 euros, o que corresponde a 1,45 euros por ação do Banco”.

O grupo acrescenta que “é intenção do CaixaBank requerer, nas próximas semanas, ao presidente da Mesa da Assembleia Geral do Banco BPI, uma reunião para aprovar a perda de qualidade de sociedade aberta do Banco BPI”.

BPI vai assumir ramo Vida

Apesar de deixar de ser accionista do BPI, a seguradora alemã Allianz vai manter a parceria com o banco português nos seguros não vida.

De acordo com os comunicados emitidos este domingo, os dois grupos vão mesmo propor “a reorganização da aliança, para reforçar e aprofundar a relação comercial de longo prazo entre o Banco BPI e a Allianz Portugal” na distribuição de produtos de seguro não vida durante 10 anos.

Já nos seguros vida, o BPI continuará a distribuir os produtos da Allianz até final de 2019, mas a partir de 2020 o BPI passará a distribuir os produtos das suas marcas BPI Vida e Pensões. O BPI garante, por outro lado, que “continuará” a ter 35% da Allianz Portugal, mesmo no novo cenário accionista.

ZAP // Lusa

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