Afluência no bom caminho. Voto em mobilidade a funcionar “muito bem” e “muito rápido”

Tiago Petinga, José Sena Goulão / Lusa

Líderes já votaram. Tempo médio de votação era, pelas 11h45, de 49 segundos. Afluência de 14,48% até às 12:00 é mais elevada do que em 2019 (11,56%). Cabeças de lista satisfeitos com novo modelo.

Mais de 10 milhões de eleitores recenseados no território nacional e no estrangeiro são chamados às urnas este domingo para eleger os 21 representantes nacionais no Parlamento Europeu. Votam desde as 08h00 e têm até às 19h para o fazer.

Os cabeças de lista dos vários partidos deram o exemplo logo pela manhã.

Sebastião Bugalho (AD)

Em Marvila, Lisboa, localidade com que afirma ter uma “ligação antiga”, o jovem candidato social-democrata considerou o novo voto em mobilidade, do qual beneficiou este domingo, “positivo para o povo democrata português”.

Mostrou-se, também, confiante nos portugueses e na redução da abstenção.

“O modelo permite que todos os portugueses votem em qualquer parte do país em que estejam, portanto é um modelo positivo, é um modelo que permite aos democratas participarem na democracia, e o povo português é um povo profundamente democrata, é um povo europeu e é um povo pacífico, daí a importância destas eleições, daí importância de combater a abstenção, daí a importância de permitir o voto de cada português e de se defender o voto de cada português”, afirmou.

Marta Temido (PS)

Em Lisboa, a cabeça de lista dos socialistas mostrou-se confiante na ida às urnas dos portugueses.

“As pessoas estão satisfeitas com o voto em mobilidade, mas também, algumas desconhecem que podem votar em qualquer mesa”. O voto antecipado e o voto em mobilidade é importante para “reduzir a abstenção”.

“As pessoas diziam-me que iam votar, isso é um bom sinal”, disse Temido na secção de voto onde costuma votar.

Tânger Corrêa (Chega)

Foi o último dos cabeças de lista a exercer o seu direito e também ele, em Colares, Sintra, acredita que o voto em mobilidade está “a funcionar muito bem“.

O candidato do Chega prevê ainda que a abstenção seja maior do que nas legislativas.

João Cotrim de Figueiredo (IL)

Em Lisboa, o liberal confessou que gostava que a taxa de abstenção “fosse mais baixa”, elogiou o voto em mobilidade e diz que vai assistir à noite eleitoral desde a sede do seu partido, “vai ser uma noite eleitoral muito interessante”, disse.

“Eu estou a votar na minha assembleia de voto normal, na minha área de residência, mas comigo está o Miguel Rangel, que é o secretário-geral do partido, que tem residência no Porto e hoje votou aqui sem problema nenhum”, exemplificou.

Dizendo que “um direito que não se exerce é um direito que esmorece”, Cotrim de Figueiredo salientou que votar é sempre importante, mas nas europeias é “particularmente importante” porque é a eleição que tem sido “tipicamente menos participada” pelos portugueses.

“Talvez porque os portugueses nunca tenham sentido a ligação daquilo que se passa em Portugal com aquilo que se passa na Europa”, apontou.

Catarina Martins (Bloco)

No Porto, a cabeça de lista do Bloco de Esquerda foi das primeiras a elogiar o novo voto em mobilidade.

“Acho que é muito importante as pessoas votarem onde quiserem e, para isso, consultem o Portal do Eleitor para saberem onde podem votar. O sistema está a funcionar perfeitamente”, disse Catarina Martins.

E lembrou: é importante votar, por exemplo,porque “os preços que todos os dias encontramos nos produtos dos supermercados são reflexo das decisões tomadas no Parlamento Europeu”.

Francisco Paupério (Livre)

Em Lisboa, o eurocandidato do Livre foi um dos beneficiários do voto em mobilidade — não votou em Leça da Palmeira onde vota habitualmente. Foi um processo rápido que demorou menos de dois minutos.

“Correu tudo muito bem. Significa que este tipo de voto pode resultar e vamos ver o que acontece hoje em termos de abstenção, mas tenho a crer que vamos melhorar face aos níveis de 2019”, disse o número ‘1’ do Livre, acompanhado da namorada e das cadelas.

João Oliveira (CDU)

Em Azeitão, distrito de Setúbal, o cabeça de lista da CDU, que ainda não sabe se terá lugar no Parlamento Europeu, firmou que o voto em mobilidade “poderá ajudar a diminuir a abstenção”.

“Espero que ninguém deixe de encontrar os cinco minutos, ou menos do que isso, que eu precisei para exercer o direito de voto. Espero que nestas eleições a abstenção seja mais reduzida, face às possibilidades que existem de exercer o direto de voto de forma mais fácil“, afirmou o candidato.

Paulo Fidalgo Marques (PAN)

Em Oeiras, o candidato do PAN apelou aos portugueses que votem: “grande parte do que é decidido em Portugal começa a ser decidido na Europa, por isso, é importante mobilizarem-se”.

E também ele elogiou a facilidade do novo modelo de voto: “o processo foi extremamente fluído na mesa onde estive”, na Escola Básica Conde Ferreira,

“Foi extremamente rápido, se calhar até foi mais rápido do que o processo normal com os cadernos, em que tínhamos 50 páginas para procurar, mesmo até com o exemplo do voto em mobilidade”

Acredita, também, que a abstenção será menor desta vez. “Houve uma maior campanha, mais informação em termos do que é a importância da Europa e as matérias da Europa”, disse, face à taxa de abstenção de 68,6% registada por Portugal em 2019, nas últimas europeias, a pior desde que pertence à União Europeia.

Líderes europeus, como Pedro Sanchez, Giorgia Meloni, Le Pen ou Gabriel Attal, também já foram às urnas. Robert Fico votou a partir do hospital, depois de ter sido vítima de um atentado.

ZAP // Lusa

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