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Bulgária mergulhada numa crise política, que pode despoletar novas eleições

Alain Jocard / AFP

Boiko Borisov, ex-primeiro-ministro da Bulgária

Esta sexta-feira, o Cidadãos para o Desenvolvimento Europeu da Bulgária (GERB) do antigo primeiro-ministro búlgaro, Boiko Borisov, desistiu de formar um novo Governo no país.

O partido Este Povo Existe (ITN) venceu, com pouca margem, as eleições de julho, mas depressa abandonou os esforços de formar um Governo na Bulgária. Na sequência da desistência, o Presidente búlgaro, Rumen Radev, pediu ao GERB para tentar formar um Executivo.

Mas esta sexta-feira, Daniel Mitov, atual líder do partido, disse não ver “possibilidade de formar um Governo” e atirou de novo a batata quente para o Presidente, que terá agora de encarregar a tarefa a outro.

Segundo o Público, Mitov chegou a desenhar e a apresentar aos jornalistas uma lista para o gabinete de ministros, mas, com apenas 63 dos 240 assentos parlamentares após a eleição de julho, o GERB viu-se sem margem de manobra, depois de os outros partidos se recusarem a cooperar com o partido.

Radev terá agora de pedir a um terceiro partido para tentar formar um Governo na Bulgária. Os analistas políticos antecipam uma difícil tarefa, por considerarem que as possibilidades de sucesso são muito limitadas, tendo em conta as divergências entre o ITN e outros dois pequenos partidos anticorrupção.

Se o terceiro esforço falhar, o Presidente terá de dissolver o Parlamento, designar um Governo interino e convocar novas eleições dentro de dois meses.

ZAP //

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