Bugalho: “Sou muito jovem? E o primeiro-ministro de França? E Cavaco e Durão?”

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Paulo Novais / LUSA

O cabeça de lista da AD às eleições europeias, Sebastião Bugalho

Candidato da AD às europeias, que se enganou na idade de Attal, não quer olhar para a Europa como uma caixa Multibanco.

Sebastião Bugalho falou pela primeira vez num evento enquanto cabeça-de-lista da Aliança Democrática (AD) às eleições europeias.

Em Aveiro, o candidato começou por salientar a presença de Manuela Ferreira Leite no evento: “Curvo-me perante os seus 45 anos de serviço público à democracia portuguesa, pelo seu trabalho em prol da democracia e da Europa”.

Bugalho recordou que Ferreira Leite, que foi uma origem da sua “coragem” para agora aparecer como candidato, foi a última líder do PSD que ganhou europeias, em 2009.

Sebastião Bugalho assegura que não tem uma “uma visão utilitarista” da Europa. Ao contrário de outros: “Não olhamos para a Europa como uma caixa de Multibanco ou uma vigia orçamental”.

“Nós levamos a Europa a sério, porque queremos que a Europa também nos leve a sério, não podemos brincar com a Europa consoante as sondagens”, argumentou.

Bugalho defende uma Europa unida e de maior escala, um reforço no compromisso de apoio à Ucrânia, e deixou avisos sobre as ameaças à segurança do continente.

“Queremos fazer do futuro da Europa uma história que valha a pena contar aos nossos filhos”.

“Estou aqui porque acredito na Europa. Lutem comigo”, reforçou, durante a Universidade Europa.

O candidato também assegurou que, “ao contrário de outros”, não entra nesta campanha como “uma ambição pessoal”, nem como “um destino de carreira”.

Admitiu que é muito jovem, mas lembrou que Gabriel Attal, primeiro-ministro de França, “tem 34 anos” – na verdade tem 35. “Eu sou só candidato ao Parlamento Europeu. E, que eu tenha dado conta, Luís Montenegro não pensa pôr os papéis para a reforma; pelo contrário, está a começar o percurso como primeiro-ministro”, ironizou.

Ainda sobre a sua idade, recordou que Cavaco Silva era um “jovem algarvio de Boliqueime, que conseguiu uma bolsa para estudar em Inglaterra e regressou ao seu país, para mais tarde ser primeiro-ministro e Presidente da República”.

E falou sobre Durão Barroso, “um jovem de Almada, que ouviu a Revolução na rádio e correu para o cacilheiro, para ver a Liberdade a acontecer ‒ e mais tarde ser primeiro-ministro e Presidente da Comissão Europeia”.

Também houve espaço para Carlos Moedas, “um jovem alentejano de Beja, que foi para Paris estudar graças ao programa Erasmus, se tornou engenheiro e voltou ao seu país ‒ para mais tarde ser comissário europeu e presidente de Câmara.”

Também admitiu que o líder da AD “correu risco” quando o convidou e que o próprio arriscou ao aceitar. Mas perguntou: “Quando é que a História não foi feita de correr riscos?”.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

6 Comments

  1. Que interessa a mim e aos portugueses se eel é jovem ou velho. O que interessa são as provas dadas, o currículo e as ideias. E quanto a isso, muitos como eu não vê nada de especial, ao contra´rio do que deveria acontecer com um candidato para representar Portugal na Europa.

  2. Calma, Xico, o Bugalho não vai governar ninguem (a não ser a ele mesmo). E os que têm noção e experiência nem sempre fazem melhor.

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