“Mostrar que somos mais fortes que Putin”. Boris, Trudeau e Ursula falaram em tirar a camisa na foto do G7

Foi em clima de boa disposição que os líderes do G7 falaram de tirar a camisa para a foto oficial da cimeira dos líderes de Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido, com a União Europeia também representada. Uma ideia bem humorada que Putin já comentou como “repugnante”.

A conversa em torno da foto oficial surgiu quando os líderes se encontravam sentados à mesa na cimeira do G7 que decorre nos Alpes da Baviera, na Alemanha, durante um momento de descontracção, com a presença dos jornalistas.

Foi Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, quem começou, perguntando “tiramos os casacos? Devemos despir-nos?”. “Temos de mostrar que somos mais fortes do que Putin” e exibir “os nossos peitorais”, apontou ainda o governante britânico.

Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, acompanhou a piada, sugerindo que deviam exibir-se “em tronco nu a montar um cavalo”. E logo a presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, concordou, notando que “montar a cavalo é o melhor”.

Esta alusão ao cavalo e a uma foto em tronco nu surge no âmbito de uma conhecida imagem de Vladimir Putin, presidente da Rússia, que o mostra a cavalgar na natureza. De resto, o presidente russo sempre se exibiu em excelente forma física, de tronco nu, em diversos cenários.

Mas Putin não gostou das piadas dos líderes do G7 e já disse que a ideia de surgirem em tronco nu na foto “seria repugnante”.

“Não sei como queriam despir-se: até à cintura ou da cintura para baixo, mas acho que seria uma visão repugnante“, apontou Putin, citado por vários media internacionais, durante a a Cimeira do Mar Cáspio que decorre no Turquemenistão.

Primeira deslocação de Putin ao estrangeiro

Na Cimeira do Mar Cáspio, Azerbaijão, Cazaquistão, Irão, Rússia e Turquemenistão abordam vários aspectos da cooperação regional.

O grupo assinou na anterior cimeira, em 2018, uma convenção sobre o estatuto jurídico do Mar Cáspio, que rege a actividade das partes naquele mar, bem como as questões relacionadas com a delimitação das águas territoriais e os fundos marinhos, a navegação, a preservação ambiental e a segurança.

Neste último aspecto, a convenção estabelece que os países que não têm fronteira com o Mar Cáspio não podem ter presença militar nas suas águas.

Esta deslocação ao Turquemenistão surge depois de Putin ter ido ao Tajiquistão, a antiga república soviética da Ásia Central e um país aliado de Moscovo. Foi a primeira deslocação ao estrangeiro do presidente russo desde que ordenou a invasão da Ucrânia em 24 de Fevereiro passado.

ZAP // Lusa

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