É um feito histórico. O ouro já não é o que vale mais dentro dos mercados, mesmo que a correlação de troca entre o ouro e do bitcoin não possa ser equiparada.
Nos Estados Unidos, uma unidade da moeda virtual atingiu 1.265 dólares, passando a cotação de uma onça de ouro que estava a ser negociada por 1.233 dólares.
Segundo o site especializado Coindesk, o bitcoin ultrapassou o valor do ouro pela primeira vez na história, sendo que a cotação da moeda digital já valorizou mais de 30%, só este ano.
Apesar dos especialistas da área admitirem que o bitcoin pode substituir por inteiro o ouro, ainda existem muito factores que o impedem. Um deles reside na dificuldade de investir em ações do bitcoin e o outro reside no historial da volatilidade do seu valor nos mercados.
O bitcoin foi introduzida como moeda digital em 2008 por Satoshi Nakamoto. Em fevereiro de 2015, o número de empresas que aceitam este sistema de pagamento ultrapassou as cem mil.
Ao que tudo indica a U.S. Securities and Exchange Commission está prestes aprovar o Bitcoin ETF nos mercados norte-americanos. Caso aconteça, a medida terá um impacto significativo, visto que este é um dos mercados mais competitivos a nível mundial.
// B!T
Este mundo está completamente louco!
Valorizam uma moeda que não existe e que não está referenciada a nada (rigorosamente a nada). Quando alguém se lembrar que na verdade esta moeda não nada mais que uma linha de código num computador qualquer, nem um “testão furado” valerá e quem investiu neste tipo de negócios fica com 0!
Cada vez estamos mais perto do fim da nossa sociedade!!!
António,
Está a ver as coisas ao contrário.
O que não vale nada, é qualquer moeda que seja apenas um pedaço de papel mandado imprimir por uma linha qualquer numa ordem de serviço de um político ou banqueiro central qualquer. E isso é assim com o dólar, o euro, a libra, com qualquer moeda “convencional”. O que vale um euro? Está referenciado a quê? O valor do euro não é dado porque um governo diz que um euro paga dois pacotes de leite na minha mercearia, um euro vale dois pacotes de leite se alguém entrar na minha mercearia, me oferecer um euro, e eu decidir aceitar dar em troca dois pacotes de leite.
Isso é assim com qualquer moeda “emitida”, que qualquer governante possa em qualquer altura “mandar fazer mais”.
As “moedas” que valem não são as que são “emitidas”, são as que são “minadas”, as que são “finitas”, as que são “únicas e não reprodutíveis”, e que pela sua raridade e exclusividade passam a ser tomadas como boas para “moeda de troca”. Por exemplo, o ouro.
E por exemplo, a bitcoin.
Porque ao contrário do que diz, uma bitcoin não é “uma linha de código num computador qualquer”. Cada bitcoin é única e não falsificável, cada nova bitcoin que é “minada” torna exponencialmente mais difícil a “um computador qualquer” minar a bitcoin seguinte, e o número de bitcoins que será possível minar é finito.
Se não quiser perceber isto, está no seu pleno direito. Mas pelo menos, informe-se sobre o que é a bitcoin.
Porque um dia destes acorda num mundo em que a bitcoin se institucionalizou – e os “tostões furados” são na realidade os papelotes que tem debaixo do colchão.
Gostei da explicação (é seguramente colega) acho apenas que poderia ter referido as três funções básicas da moeda:
– Meio de pagamento ou instrumento de troca
– Unidade de conta ou medida de valor
– Instrumento reserva de valor
A moeda (subentenda-se o dinheiro) atual é fiduciária. Isto é depende da “fiducia” (confiança). Isto é, a moeda não vale pelo seu valor intrínseco. Isso já lá vai há muito tempo e desde o fim de Bretton Woods nem existe nenhuma ligação a qualquer metal – (no acordo de Bretton Woods o Estado Americano assegurava a conversão de uma certa quantia de dólares por ouro).
A bitcoin relativamente às funções típicas da moeda:
– Meio de pagamento ou instrumento de troca – Ainda muito limitado. No café onde vou diariamente ou no supermercado ninguém aceita bitcoins.
– Unidade de conta ou medida de valor – Permite valorizar bens e serviços.
– Instrumento reserva de valor – Sim, com variações em função de milhares de variáveis (ou milhões) tal como qualquer outra moeda. Estará atualmente sobrevalorizada atendendo à sua atual função enquanto instrumento de troca? Quem tem mais a perder é quem está dentro. E sobretudo quem entrou recentemente. Será uma espécie de negócio de pirâmide em que as novas entradas por via da valorização promovem ganhos nos que já se encontram há mais tempo?
A fiducia no caso da bitcoin poderá ser mais uma “fezada”. Até porque ao longo da história a emissão de moeda sempre esteve muito regulamentada e muito circunscrita a quem exerce o poder num dado estado. Logo, porque razão iriam EUA e UE abrir mão das suas moedas em detrimento de algo que não controlam? E se não a tolerarem no dia-a-dia das suas economias então qual será a posição da bitcoin face às três funções básicas da moeda?
Que coincidência. É exactamente como o € e o $, então.
Bem, exactamente, exactamente… não será, visto que o Bitcoin irá atingir um limite de emissão de 21 Milhões de Bitcoins… e nunca mais serão emitidos mais.
Já € e $, ninguém sabe quantos existem… e os Bancos podem criar infinitos € e $, quando bem entenderem, dessa forma desvalorizando-os constantemente.