“Bis” Maria salva noite das águias

Miguel A. Lopes / Lusa

Foi muito melhor o resultado do que a exibição em mais um capítulo da saga do Benfica, versão 2.0 com Roger Schmidt.

Os “encarnados” estão na frente após a primeira mão deste play-off da Liga Europa, mas não obstante o triunfo, a equipa lusa voltou a estar desinspirada, sem ideias, lenta nos processos, previsível, e acabou por ganhar esta almofada graças à precisão de Di María da marca dos 11 metros.

Desler foi o autor do tento gaulês, numa jogada que atesta parte daquilo que as “águias” fizeram nesta quinta-feira.

Antes do apito inicial, e relativamente à deslocação a Guimarães, Roger Schmidt promoveu apenas duas alterações no “onze” benfiquista, apostando nas entradas de Álvaro Carreras e de Arthur Cabral e nas saídas de Alexander Bah e de Morato, mudanças que fizeram com que Aursnes fosse o lateral-direito.

Numa partida morna e muito amarrada, o Benfica surgiu, mais uma vez, sem chama, pouco pressionante e a ver os minutos a passarem, apenas despertou na fase final da primeira metade, altura em que começou a ser mais assertivo nos últimos metros.

Rafa teve pontaria a mais e atirou à barra e, já no período de descontos, João Mário falhou por centímetros o tento inaugural. O Toulouse não se remeteu à defesa e sempre que conseguia acercava-se da baliza de Trubin, com Dallinga a destacar-se.

Ao intervalo, Orkun Kökçü era a unidade em foco, graças a um remate, quatro passes para remate, sete passes progressivos, dois super progressivos, 58 acções com a bola e e um GoalPoint Rating de 6.4.

Uma oferta de Logan Costa deu de bandeja a Di María – acabado de festejar 36 anos – a possibilidade de inaugurar a contenda.

Na frente, Bah e Arthur Cabral ameaçaram de seguida o 2-0, mas num raro ataque do Toulouse, a defesa benfiquista ficou a dormir e Desler aproveitou para deixar tudo empatado.

Sem reação, mais um lance caído do céu “maquilhou” a fraca exibição dos da Luz, Mawissa pisou Marcos Leonardo, grande penalidade assinalada que Di María voltou a atirar com acerto e a salvar a noite com um resultado que foi bastante melhor do que a exibição cinzenta patenteada pela equipa lisboeta.

O segundo “round” prossegue dentro de uma semana em solo francês.

Melhor em Campo

Nesta fase da época, Ángel Di María tem sido um dos elementos mais consistentes deste Benfica que continua a oscilar em termos exibicionais.

Não começou bem a noite, mas foi ganhando confiança e acabou por ser determinante no sucesso da equipa com sete remates, dois golos, quatro cruzamentos (um eficaz), 86 acções com a bola, oito das quais na área contrária, venceu seis duelos, perdeu sete, foi eficaz em três dos cinco dribles que arriscou e colecionou cinco recuperações de posse.

Em sentido inverso, falhou 14 dos 52 passes feitos (eficácia de 73%) e perdeu a bola em 27 ocasiões – máximo negativo no encontro. O internacional argentino foi o MVP com um GoalPoint Rating de 7.8.

Resumo

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