Desde que deixou a presidência da Microsoft, Bill Gates dedica-se praticamente de forma exclusiva a causas filantrópicas. E num artigo publicado esta semana, fez uma previsão bastante optimista.
Para Bill Gates, é possível erradicar de forma completa a pobreza extrema em todo o mundo até 2030.
Para defender esta tese, Gates baseia-se em dados de desenvolvimento humano recolhidos desde o início dos anos 2000 pela sua fundação, a Bill & Melinda Gates Foundation, e outras instituições.
O que se tem registado, explica Bill Gates, é uma redução de mais de 50% nas mortes maternas durante o parto e também nos falecimentos relacionados com malária, uma das principais doenças a assolarem a África.
Mas mais importante do que tudo é a queda de mais de 60% no total de cidadãos do mundo a viver em condições de “pobreza extrema”.
Este estatuto é definido pelo Banco Mundial como sendo a sobrevivência com uma renda de menos de 1 dólar por dia, na conversão para cada moeda local.
Para o fundador da Microsoft, é aqui que se encontra o ponto fundamental da questão, capaz de modificar o quadro de miséria nos países subdesenvolvidos.
Nestas nações encontram-se também as grandes oportunidades para o desenvolvimento humano.
Para Bill Gates, a vida da população nestas regiões vai melhorar mais nos próximos 15 anos do que em qualquer outro período da história.
Tal acontecerá através de uma evolução cada vez mais rápida nos sistemas de saúde e tecnologia, que facilitarão o acesso à medicina e saneamento básico, à medida que os cidadãos se tornam mais conscientes do seu papel social e na administração pública.
Para que esse movimento acelerado continue a acontecer, no entanto, Gates reforça a necessidade de serviços essenciais, de uma expansão económica consciente e iniciativas de planeamento familiar e profissional.
Além disso, Gates pede aos governos que dêem atenção espacial a medidas como a isenção de impostos e a redução de preços em produtos electrónicos, como tablets e smartphones.
Finalmente, Gates defende o apoio a projectos científicos na área da saúde e educação, que considera as duas grandes portas que podem levar à redução da pobreza e da desigualdade.