O Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou esta-terça feira a contratação de nove funcionários para a Casa Branca. Entretanto, o Presidente cessante, Donald Trump, despediu o chefe da agência governamental responsável pela segurança eleitoral que negou fraude generalizada nas eleições.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, o Presidente eleito dos Estados Unidos Joe Biden contratou nove funcionários para a Casa Branca, entre os quais antigos elementos e alguns dos membros da sua campanha.
Mike Donilon, conselheiro de Biden será o assessor principal, e Steve Ricchetti, um dos diretores de campanha, será um dos conselheiros do Presidente.
A diretora de campanha, Jen O’Malley Dillon, será chefe de gabinete adjunta e a conselheira jurídica da campanha Dana Remus será conselheira do presidente.
O deputado do Louisiana Cedric Richmond vai renunciar ao seu lugar no Congresso e assumir o cargo de assessor do Presidente e diretor do Gabinete da Casa Branca para o Compromisso Público.
A vice-diretora de campanha, Julie Chávez Rodríguez, vai dirigir o Gabinete de Assuntos Intergovernamentais da Casa Branca e Annie Tomasini, conselheira e chefe do gabinete de Biden, será a diretora das operações da Sala Oval.
Jill Biden, futura primeira dama, também contratou Julissa Reynoso Pantaleon, ex-embaixadora no Uruguai durante o mandato de Obama, como chefe de gabinete, e Anthony Bernal, como seu conselheiro principal.
Anteriormente, Joe Biden já tinha nomeado Ron Klain como chefe de gabinete da Casa Branca.
Trump despede responsável que negou fraude eleitoral
O Presidente cessante dos Estados Unidos anunciou na terça-feira a demissão do chefe da agência governamental responsável pela segurança eleitoral que contestou as acusações de Donald Trump de fraude generalizada nas eleições presidenciais.
“A recente declaração de Chris Krebs sobre a segurança das eleições de 2020 foi muito imprecisa, pois houve irregularidades e fraudes maciças”, escreveu na rede social Twitter o republicano, que ainda nega a derrota nas eleições.
“Por esta razão, Chris Krebs foi demitido” da agência responsável pela cibersegurança das eleições, “com efeito imediato”, acrescentou Trump.
A agência governamental tem procurado nos últimos dias afastar as acusações de fraude eleitoral. “Não há provas de qualquer sistema de votação que tenha apagado, perdido ou alterado os boletins de voto, ou que tenha sido pirateado de qualquer forma”, declarou a entidade, juntamente com outras agências norte-americanas responsáveis pela segurança eleitoral.
“As eleições de 3 de novembro foram as mais seguras da história dos Estados Unidos”, salientou a mesma agência.
Advogado tenta bloquear vitória de Biden na Pensilvânia
Rudy Giuliani, advogado pessoal de Donald Trump, regressou na terça-feira a um tribunal federal após longa ausência para acusar os democratas no poder nas grandes cidades de conspiração nacional para se apoderarem da presidência do país.
O caso em tribunal insere-se na campanha de Donald Trump para a instauração de processos federais destinados a impedir os responsáveis oficiais do estado da Pensilvânia de certificarem os resultados eleitorais, apesar de ainda não terem sido anunciados evidentes casos de fraude desde o dia das eleições presidenciais, a 3 de novembro.
Os advogados que defendem os argumentos dos democratas, e após a anunciada vitória eleitoral do seu dirigente Joe Biden, declarado pela generalidade dos media Presidente eleito, têm insistido que os argumentos da campanha de Trump não possuem bases constitucionais ou foram considerados irrelevantes pela decisão de um Tribunal supremo estatal, anunciada na terça-feira.
Desta forma, solicitaram ao juiz distrital Matthew Brann para rejeitar o caso, ao definirem as alegações como “irregularidades vulgares” que não vão comprometer a os resultados eleitorais no estado da Pensilvânia, que fornecem a vitória a Joe Biden.
Guiliani, antigo presidente da câmara municipal de Nova Iorque, tem-se referido a um vasto esquema nas grandes cidades da Pensilvânia e em outros dez locais, com o objetivo de impedir a reeleição de Trump.
Quase duas semanas depois da eleição presidencial, Trump continua a afirmar que ganhou e a alegar a existência de fraudes, que lhe teriam retirado essa vitória, mas sem apresentar provas.
Biden deve ser investido presidente em 20 de janeiro, mas a agência que gere a burocracia federal, a Administração dos Serviços Gerais, recusa certificar a sua vitória, o que o tem impedido de ter informações classificadas e meios para preparar a transição.
ZAP // Lusa
Que bela independência entre poderes! EUA nos seu melhor terceiro mundismo.
Até parece que por cá é muito diferente. Quem nomeia os membros do supremo tribunal de justiça? Quem nomeia o procurador geral da república? Quem nomeia os membros do conselho superior da magistratura? Quem nomeia do diretor da polícia judiciária? Quem atribui meios à polícia judiciária e ao ministério público? Quem nomeia o conselho nacional de eleições? Quem nomeia qualquer diretor de entidades reguladoras?
Enfim… vai-me dizer que o governo nomeia e a Assembleia da República vota. E quando o governo tem direta ou indiretamente a maioria na Assembleia?! Será assim tão diferente?!
Com votos pelo correio, é normal haver estas suspeitas.
Mas ainda não vi o “glitch” do Michigan a ser desmentido, alias quase nem houve cobertura, ou seja contraria um pouco quem ele despediu.
O “glitch” de pensilvania, já foi desmentido por “fact-chekers”.