O Benfica venceu o Vitória de Setúbal pela margem mínima (1-0), um resultado que acaba por quantificar o “sofrimento” a que foi submetido o campeão nacional, perante um visitante que entrou na Luz devidamente apresentado: apenas uma derrota e quatro empates a zero, na Liga, até então.
Confirmando-se a boa organização defensiva sadina e alguma falta de inspiração”encarnada”, valeu a “arma secreta” Carlos Vinicius, que saltou do banco para decidir a contenda.
O jogo explicado em números
- O primeiro “bruá” da partida sucedeu logo aos quatro minutos, quando Taarabt lançou Seferovic isolado, mas primeiro Makaridze e depois o árbitro (fora-de-jogo), anularam o primeiro e ténue sinal da vontade “encarnada” em entrar forte no jogo. Aos 15 minutos o jogo apresentava-se já mais “encaixado” e ainda sem remates, com apenas um jogador a ser motivo de atenção por motivos “GoalPoint”: José Semedo.
- O primeiro remate da partida surgiu apenas aos 22 minutos, por Gedson e foi bloqueado, um registo simbólico de como a forma organizada como o Vitória se apresentou em campo ia dificultando a vida aos da casa.
- O primeiro remate enquadrado chegaria finalmente aos 34 minutos, por Pizzi, com boa resposta de Makaridze. Com quatro remates (um à baliza) e outros tantos pontapés de canto, o Benfica ia tentando furar a organização setubalense, sem efeito.
- Finda uma primeira parte em que Lage apostou em Seferovic como único avançado de área, os “encarnados” sentiram dificuldades em furar a bem organizada defesa sadina. O inevitável Pizzi, com dois remates, um deles o único digno de registo na partida, destacava-se ao intervalo, com um rating de 6.3.
- Pelos visitantes brilhava Artur Jorge 6.1, autor de sete acções defensivas. Ao intervalo Fejsa dava o lugar a Gabriel Pires mas o Benfica mantinha o figurino.
- O regresso dos balneários trouxe três remates nos primeiros cinco minutos, mas curiosamente todos para o Vitória, que iniciava a segunda parte mostrando maior atrevimento ofensivo do que havia mostrado em toda a primeira parte.
- Aos 59 minutos Lage lançava Vinicius, por troca com Pizzi, o melhor “encarnado” da primeira parte e autor do único remate a qualquer baliza, ainda no primeiro tempo. Nesta fase destavaca-se Rafa, que já liderava vários indicadores.
- E aos 64 minutos a opção de Lage surtiu efeito: Carlos Vinicius abriu o activo, num lance de insistência ofensiva, naquele que foi o primeiro remate enquadrado do Benfica na segunda parte.
- A 10 minutos do fim, e pese os números superiores do Benfica, o Vitória ia-se soltando mais no plano ofensivo, procurando o empate, ensejo que encontraria incentivo na expulsão de Taarabt, com vemelho directo, por falta sobre Zequinha, mas sem consequências para o Benfica, até ao apito final.
O melhor em campo GoalPoint
O homem da partida acabou por ser o sadino Bruno Pirri, um dos grandes protagonistas da solidez defensiva que traria o Vitória até ao final da partida em posição de discutir o resultado.
O central terminou com um registo de 15 acções defensivas, entre as quais 10 alívios, três desarmes e duas intercepções, entregando ainda cinco passes longos em 10 com sucesso, o que lhe valeu um rating final de 6.8.
Jogadores em foco
- Rafa 6.8 – O avançado voltou a destacar-se, em especial na segunda parte, com dois passes para finalização (ninguém somou mais no Benfica), quatro dribles eficazes e cinco desarmes.
- Carlos Vinicius 6.7 – Saltou do banco aos 59 minutos e desbloqueou aos 64. Somou apenas 11 acções com bola, mas acabou por ser cirúrgico, somando ainda dois dribles eficazes em três e ganhando o vencendo o único duelo aéreo ofensivo que disputou.
- Artur Jorge 6.2 – O outro central sadino junta-se a Pirri nos destaques positivos, com 14 acções defensivas, nove delas alívios. Os seus nomes acabam por personalizar, juntamente com Makaridze, o “muro” com que o Benfica se debateu.
- Makaridze 6.7 – Um bom exemplo de como um guarda-redes pode ser decisivo sem isso necessariamente passar pelo que fez entre os postes: somou apenas duas defesas, ambas importantes, mas foi sobretudo nas saídas (6), pelo ar e pelo solo, que foi contribuindo para o adiar da vitória “encarnada”.
Resumo
// GoalPoint
Essa é a notícia do cão que mordeu o homem. A notícia do homem que mordeu o cão é: o Famalicão continua líder do campeonato após ganhar ao Belenenses por 3-1!