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Benfica vs Braga | Rolo compressor na Luz

Erdem Sahin / EPA

O Benfica subiu (à condição) ao segundo lugar na tabela classificativa, ao bater o Sporting de Braga por uns claros 6-2.

Numa partida com golos para todos os gostos e feitios, os “encarnados” foram superiores durante os 90 minutos, à excepção de um curto período na primeira parte, pouco antes de fazer o 2-0.

As fragilidades defensivas dos minhotos, juntamente com uma tarde inspirada do Benfica em termos de finalização, ajudam a explicar o resultado dilatado – maior score da Liga 18/19 até agora.

O Jogo explicado em Números

  • Bom arranque por parte da equipa do Benfica, claramente a mais dominante durante os 15 minutos iniciais do desafio. As “águias” fizeram o único remate durante este período inaugural, desenquadrado, contabilizaram 67% de posse de bola, 86% de eficácia de passe e dois pontapés de canto.
  • A equipa da casa acabou por traduzir a sua superioridade em vantagem aos 19 minutos, num remate certeiro de Pizzi, que recebeu a bola na esquerda de Grimaldo e cortou para o meio antes de colocar a bola fora do alcance de Tiago Sá. Terminava o jejum do camisola 21 benfiquista, que não marcava no campeonato há mais de quatro meses, desde a segunda jornada do campeonato.
  • O SC Braga reagiu bem à desvantagem e chegou aos 30 minutos com cinco remates, mais três do que o Benfica, um deles uma ‘bomba’ de Fransérgio que beijou a barra da baliza defendida por Vlachodimos.
  • Contra a corrente do jogo, o Benfica chegou ao 2-0 aos 39 minutos por Jardel, que saltou mais alto do que Tiago Sá e cabeceou para o fundo das redes. Eficácia máxima dos “encarnados”, que marcaram nos dois remates à baliza que fizeram. Tiago Sá viria a redmir-se minutos depois, aos pés de Jonas, adiando o terceiro.
  • A primeira parte terminou com um período de grande pressão do Benfica, que realizou cinco remates em menos de dez minutos, regressando aos balneários com mais disparos do que o adversário, que só por uma vez foi capaz de importunar Vlachodimos.
  • Apesar do breve período em que foi dominador, o Braga ficou atrás dos “encarnados” em praticamente todos os dados estatísticos, liderando apenas em número de duelos ganhos e de faltas cometidas.
  • Início de segunda parte electrizante, com golos de parte a parte. Primeiro foi Grimaldo, aos 48 minutos, que aproveitou a falta de coordenação entre dois defesas bracarenses e rematou de pé direito para o fundo da baliza para o 3-0. Três minutos depois, Dyego Sousa reduziu de cabeça após cruzamento de Sequeira, antecipando-se a Rúben Dias no duelo para marcar o seu 11.º golo no campeonato.
  • O Benfica reagiu imediatamente ao golo minhoto e restabeleceu a diferença de três golos com um remate certeiro de Jonas a passe de Cervi. O extremo argentino era já um dos jogadores encarnados com mais passes para finalização (dois), e acabaria por demonstrar a sua qualidade na finalização pouco depois, fazendo o 5-1 de primeira após combinação com Zivkovic.
  • Como se ainda não bastasse, o Benfica chegou à meia dúzia aos 67 minutos, num remate de primeira de André Almeida com o pé esquerdo à entrada da área. Este chorrilho de golos acontecia numa altura em que  “águias” até estavam por baixo em termos de posse de bola (42%-58%) e eficácia no passe (78%-85%).
  • Acabado de entrar, João Novais fez o 6-2 aos 73 minutos, apontando o seu primeiro golo no campeonato ao serviço do SC Braga. Com o disparo certeiro do ex-Rio Ave, o encontro bateu o recorde de golos da presente edição da Liga NOS.
  • Exibição apagada de Rúben Dias, que chegou aos 80 minutos do desafio com um duelo ganho em seis, três faltas cometidas e apenas 61% de eficácia no passe no meio-campo rival, bem menos do que Jardel, que apresentava 89% de eficácia antes de ser substituído.
  • O SC Braga acabou por baixar os braços na reta final da partida, não efectuando nenhum remate desde o disparo certeiro de João Novais até ao apito final. A segunda parte fechou com vantagem mínima do Benfica em posse de bola (51%-49%) e em remates enquadrados (5-4). Tal como no primeiro tempo, a eficácia na finalização fez toda a diferença nas contas.

O Homem do Jogo

Fantástica exibição de Cervi, que foi sempre um dos jogadores benfiquistas mais desequilibradores. Para além do golo apontado, numa execução de fino recorte após um cruzamento rasteiro de Zivkovic, o argentino teve ainda influência direta no golo do 4-1 ao assistir Jonas, que apenas teve de encostar. Cervi desempenhou ainda um papel importante a defender, contabilizando sete recuperações de posse, três desarmes e duas intercepções, terminando a partida com nota 7.9 nos  GoalPoint Ratings.

Jogadores em foco

  • Grimaldo 7.4 – Tal como Cervi, o lateral-esquerdo espanhol marcou um golo e fez uma assistência. Para além disso, somou 87 acções com bola, dois dribles eficazes em quatro tentativas e sete recuperações de posse. Pela negativa, consentiu três dribles e falhou seis passes curtos.
  • Zivkovic 7.0 – Não fez o gosto ao pé mas deu dois golos a marcar. Recuperou a bola em dez ocasiões e contabilizou quatro desarmes e outras tantas intercepções, mas pecou ao falhar sete passes curtos e ao perder a posse em 25 ocasiões (máximos da noite).
  • Dyego Sousa 6.5 – Marcou no único remate à baliza que fez e criou uma situação flagrante de golo, desperdiçada por Ricardo Horta. Foi feliz em três dos sete dribles que arriscou e disputou seis duelos aéreos ofensivos, vencendo quatro.
  • Rúben Dias 5.0 – Perdeu os dois duelos aéreos defensivos em que participou e somou apenas cinco acções defensivas. Dos seus dez passes longos, apenas três tiveram a melhor direcção.
  • Tiago Sá 3.7 – O guarda-redes minhoto teve a pior nota da noite. Fez apenas duas defesas e cometeu o erro que deu origem ao golo do Jardel.

Resumo

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