De bestial a besta em dois jogos. Benfica está obrigado a ganhar ao Chaves

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José Sena Goulão / Lusa

É como “ser atropelado por um autocarro duas vezes em 5 dias”. Os adeptos do Benfica estão em choque com os desaires seguidos diante de FC Porto e Inter de Milão. E, agora, o clube da Luz está obrigado a ganhar ao Chaves naquele que já é definido como “o jogo do título”.

Com os adeptos ainda mal refeitos da derrota contra o FC Porto – a primeira da era Roger Schmidt -, o Benfica voltou a perder em casa, por 0-2, com o Inter de Milão, comprometendo as aspirações na Liga dos Campeões.

Desagradados com a equipa, os benfiquistas presentes no Estádio da Luz assobiaram os jogadores durante e no fim do jogo. Agora, apontam as culpas ao treinador Roger Schmidt, acusando-o de não confiar no banco, de não rodar a equipa e de não fazer as substituições necessárias.

Já depois da derrota frente aos portistas se tinha questionado o técnico, com analistas de futebol a salientarem que Sérgio Conceição deu “um banho táctico” a Schmidt.

Uma postura que destoa completamente com o deslumbramento que havia antes com o treinador alemão que vinha sendo muito elogiado pelos adeptos, o que lhe valeu até a renovação de contrato com o Benfica até 2026.

Benfica em “depressão pós-traumática”

“O Benfica pareceu em depressão pós-traumática pela derrota com o FC Porto“, considera o ex-deputado Duarte Marques em declarações ao Record.

O jornal desportivo foi ouvir alguns benfiquistas famosos sobre o jogo e o apresentador Luís Filipe Borges atira que “Schmidt fez uma péssima gestão do banco, a fazer lembrar Jorge Jesus: quis meter dois jogadores aos 89 [minutos] que não chegaram a entrar”. “Mostra no mínimo desorientação”, conclui.

Luís Filipe Borges também critica alguns jogadores, salientando que “João Mário, Aursnes e Rafa estão muito abaixo” e que só vê “António Silva a dar o exemplo”.

Ganhar ao Chaves “seja lá como for”

Agora, após duas derrotas sucessivas, o Benfica está obrigado a ir ganhar a Chaves, “seja lá como for”, como diz até um comentador na RTP1. É preciso inverter a maré de azar e há quem já note que esse desafio de sábado é “o jogo do título” e que “uma derrota é o fim do campeonato”.

Talvez a análise seja excessiva, uma vez que o Benfica é o líder do campeonato com uma vantagem de 7 pontos sobre o FC Porto, o segundo classificado.

Mas é certo que é preciso recuperar a confiança, até para poder alimentar ainda a esperança de continuar na Liga dos Campeões, o que exige uma vitória por dois golos de diferença na segunda-mão contra o Inter em Milão.

“Faço as substituições que quero”

Com o dedo apontado ao seu trabalho, Schmidt assume que “a situação não é a melhor”, mas sublinha que a equipa continua “a acreditar”.

Durante o jogo com o Inter, o treinador só fez uma substituição, colocando David Neres no lugar de Florentino, aos 64 minutos. Sobre as críticas por não ter realizado mais trocas, o técnico destaca que “não é uma obrigação” fazer substituições. “Faço as que quero”, realça.

“Acredito nos jogadores todos, mas a decisão é minha”, acrescenta, salientando que “os jogadores que estavam em campo estavam a criar perigo” e que surgiram “oportunidade perto do fim do Gonçalo Ramos”. “Não quis tirá-lo, nem ao Rafa. Foi a minha decisão”, conclui.

Depois dos dois desaires, agora é preciso pensar no Chaves, “recuperar, olhar em frente e vencer”, analisa ainda o treinador.

Susana Valente, ZAP //

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5 Comments

    • Pois claro.
      por isso é que vai com 7 pontos de avanço no final do campeonato.
      Ou, ainda tens esperanças que percamos o campeonato para o clube “Anti Benfica” marcar mais um pontinho???

      • Quanto é que ficou o jogo com o Braga? E com o Sporting? E com o Porto…quando jogaste contra 11?
        Foste de vela na liga dos campeões num jogo em que foste bem inferior ao Inter. O porto foi eliminado pelo Inter mas dominou por completo os dois jogos que fez.

        • Mete mais um que até já o Chaves ganha ao Benfica. Quanto ao Thomas…está a por pomada que só na última semana já lhe foram por 3 vezes.

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