Benfica 6-1 Braga | Eficácia e Cebolinha fazem chorar minhotos

Goleada das antigas. O Benfica recebeu o Braga, equipa que havia ganho na Luz nas duas últimas temporadas, e venceu por categóricos 6-1.

Jogo extraordinário de Everton “Cebolinha”, que saiu quando já pensávamos ser possível ver o primeiro 10.0 da época.

O brasileiro bisou e fez a melhor exibição desde que chegou a Portugal, mas não foi o único a exibir-se a grande altura no Benfica. Quanto ao Braga, os números mostram que tentou disputar o resultado, mas não teve, nem de perto nem de longe, a eficácia dos homens da casa.

O mundo ao contrário. Logo aos dois minutos, papéis invertidos e golo do Benfica. Darwin Núñez ganhou a linha, cruzou, e Álex Grimaldo facturou de cabeça.

Desengane-se, contudo, quem pensou que seria demasiado fácil para os “encarnados” logo no arranque, pois aos 12 minutos o Braga chegou ao empate, por Ricardo Horta, que fugiu pela direita e rematou cruzado. Contudo, isto foi apenas o início de uma primeira parte de loucos.

Destaques negativos as lesões de João Mário, Lucas Veríssimo e Nuno Sequeira, os dois últimos com aparente gravidade.

Vamos aos golos… o Benfica reagiu à pressão incómoda dos minhotos com o 2-1 de Darwin (37′), numa recarga.

O Braga “partiu-se” e, em dois lances de contragolpe, Everton “Cebolinha” assistiu duas vezes Rafa Silva, para o bis do português. Ao intervalo 4-1, com Rafa a registar um excelente 7.7.

Reinício com mais um golos do Benfica. Desta vez foi Everton (52′), ele mesmo, a marcar, após trabalhar muito bem na área e a rematar colocado.

O jogo estava aberto, disputado, mas a eficácia estava toda do lado benfiquista, que chegou ao 6-1 de novo pelo brasileiro (59′), a rematar cruzado após nova assistência de Darwin – que saiu aos 64 minutos também por lesão. Muitas substituições verificaram-se a partir daqui, o que tirou um pouco de ordem ao jogo, inclusive às transições até então mortíferas das “águias”.

Ainda assim os comandados de Jorge Jesus continuaram a ser os mais perigosos, mas não houve mais golos.

Melhor em Campo

A chegada de Everton Cebolinha a Portugal esteve envolta em grande expectativa, pelo passado do extremo no Grémio, no futebol brasileiro e na própria selecção “canarinha”.

Um jogador de inegável qualidade que, contudo, só a espaços mostrou um pouco do seu talento, ao ponto de levar os adeptos ao desespero, mas nesta partida, “Cebolinha” mostrou-se, e de que maneira.

Numa partida em que teve mais espaços do que é habitual, o brasileiro fez duas assistências, marcou dois golos, fez três passes para finalização e foi eficaz.

Tal como o Benfica, no seu conjunto, Everton foi eficaz e competente nas suas acções. Foi, por isso, MVP do jogo, com um extraordinário GoalPoint Rating de 9.5.

Destaques do Benfica

Álex Grimaldo 8.2 – Segundo melhor rating do jogo. O espanhol começou a partida logo com um golo, de cabeça, aos dois minutos, e prosseguiu com uma exibição bem conseguida. Dois remates, ambos enquadrados, duas ocasiões flagrantes criadas em três passes para finalização, dois cruzamentos certos em quatro, oito recuperações de posse e três bloqueios de passe/cruzamento foram os dados mais importantes do lateral.

Rafa Silva 8.2 – O atacante ficou a duas centésimas de Grimaldo. Rafa bisou, nos dois únicos remates que realizou, fez uma assistência em dois passes para finalização, recebeu 13 passes aproximativos (máximo), completou três de dez tentativas de drible e realizou quatro conduções aproximativas, sendo duas super aproximativas. Veloz, difícil de travar, pecou nos oitos maus controlos de bola.

Darwin Núñez 7.9 – Tal como Rafa e Everton, soube aproveitar na perfeição os muitos espaços que lhe foram conseguidos, ampliados pela sua grande velocidade. Fez duas assistências em três passes para finalização, recebeu dez passes aproximativos e fez duas conduções super aproximativas. Saiu lesionado na segunda parte.

Jan Vertonghen 6.8 – O belga começou como central do lado esquerdo, terminou como central do meio, dada a lesão de Lucas Veríssimo. Impecável no passe (93% de eficácia), somou nove acções defensivas e ganhou dois de três duelos aéreos defensivos.

Julian Weigl 6.7 – Jogo inteligente do alemão na ocupação dos espaços, o que lhe permitiu controlar bem as investidas bracarenses. No passe esteve muito bem, como é seu hábito, com 69 passes certos em 74 (93%), fez oito passes aproximativos e excelentes 12 recuperações de posse.

Odysseas Vlachodimos 6.6 – Só por uma vez o grego não soube lidar com os remates do Braga – no golo de Ricardo Horta. No final contabilizou três defesas, todas a remates na sua área.

Gilberto 6.4 – O brasileiro evoluiu bastante desde a época passada e tem uma entrega ao jogo que cansa quem vê. Das sete tentativas de drible teve sucesso em três, defensivamente registou três desarmes e quatro intercepções.

Nicolás Otamendi 6.4 – Também ele acabou por mudar de posição, ocupando o lado direito dos centrais após a lesão de Veríssimo. O argentino foi o jogador que mais passes acertou (78 em 90), foi o que somou mais acções com bola (101), ganhou três de quatro duelos aéreos defensivos e fez três intercepções.

Morato 6.0 – A infelicidade de Veríssimo lançou Morato no jogo, e o jovem não vacilou. Esteve muito bem no passe, acertando 58 de 61 (95%), mas pecou num lance em que desperdiçou uma ocasião flagrante.

Paulo Bernardo 5.7 – Após estrear-se na equipa principal em Munique, na Liga dos Campeões, foi a vez de o jovem Paulo Bernardo estrear-se na Liga Bwin, entrando na primeira parte para o lugar do lesionado João Mário. E o desfecho foi positivo. O médio mostrou personalidade, sangue frio, posicionamento e inteligência na pressão aos centrocampistas mais recuados do Braga. Fez dois desarmes, quatro recuperações de posse e completou as três tentativas de drible.

Diogo Gonçalves 5.3 – Entrou para refrescar a lateral-direita, imprimindo velocidade, mas raramente decidiu bem. Destaque para os 18 passes certos em 21.

Destaques do Braga

Ricardo Horta 7.5 – Um dos bracarenses em melhor forma nesta fase da época, Ricardo não desiludiu e marcou mesmo o golo da sua equipa. Fez ainda quatro passes para finalização (máximo do jogo) e três desarmes.

Wenderson Galeno 5.5 – A grande figura da jornada anterior esteve discreto este domingo, ainda assim uns furos acima da maioria entre os “guerreiros”. No final destaque para dois remates, ambos enquadrados, quatro acções com bola na área benfiquista, quatro desarmes realizados e cinco faltas sofridas.

Francisco Moura 5.1 – O jovem entrou para a segunda parte e o máximo que conseguiu foi realizar três recuperações de posse e dois desarmes.

Resumo

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