As “águias” venceram os “canarinhos” por 2-1, numa partida relativa à 27ª jornada do campeonato. Na recepção deste domingo, um golo de génio de Rafa embalou a equipa de Nélson Veríssimo. Gonçalo Ramos ampliou o marcador e já na recta final, André Franco fez o tento de honra dos anfitriões.
Minuto 34. Canto para o Estoril descaído sobre o lado direito. André Franco tentou marcar o lance de forma estudada, mas entregou a bola a Rafa, que ligou o “turbo”, foi ganhando terreno, perante a oposição de três jogadores contrários, entrou na área, “sentou” Joãozinho, finalizou de forma certeira, carimbando um golo sublime que emulou um tento de Karel Poborsky ante o Braga.
Foi desta forma que os “encarnados” conseguiram colar-se na frente do marcador, numa fase em que só dava Estoril.
Os forasteiros, após uma boa entrada das “águias” – que criaram duas boas situações de golo, por Ramos aos dois minutos e por Grimaldo aos sete, ambas travadas por Dani Figueira – tomaram conta do duelo, ultrapassavam com facilidade a primeira linha dos “encarnados” e chegavam com tremenda facilidade às imediações da baliza de Vlachodimos.
O grego voltou a brilhar e, aos 18 minutos, negou a festa a Soria, já antes de Mboula ter cabeceado ao poste. Quase só dava Estoril, até que o génio de Rafa soltou-se da lâmpada…
Sem marcar há 14 partidas consecutivas, Rafa vestiu a pele de “Maradona” e era o melhor em campo, com dois remates, quatro passes valiosos, quatro acções com a bola na área contrária e um GoalPoint Rating de 7.2.
No reatamento, os primeiros sinais de perigo ocorreram na área benfiquista, quando Vertonghen, em cima da linha, negou o empate a André Franco.
As “águias” despertaram e encontraram o caminho do 2-0 num lance desenhado por Rafa, que contou com Gilberto na assistência e de Gonçalo Ramos na finalização.
O internacional sub-21 apontou seis tentos nas oito últimas jornadas da Liga. Estava feito o resultado final.
A partir daí, apenas nos instantes finais houve lances de perigo: Henrique Araújo esteve perto do 3-0, mas foi a formação da Linha que festejou: André Franco, que já tinha ameaçado minutos antes, reduziu a desvantagem e decretou o “placard” final.
O Benfica não perde há nove encontros consecutivos, já os “canarinhos” não vencem fora de portas há sete partidas.
Melhor em Campo
Desde que Nélson Veríssimo assumiu o comando das “águias” que Rafa não marcava. Pois bem, o camisola 27 voltou a festejar da melhor forma, apontando um golo que merece ser visto e revisto.
Além desse lance genial, o electrizante avançado foi o principal agitador do Benfica: autor de quatro remates – dois enquadrados -, seis passes valiosos, três conduções aproximativa e duas super aproximativas, chegou às sete acções com a bola na área adversária e sofreu três faltas.
Manuel de Almeida / Lusa
Rafa teve ainda gás para recuperou sete posses de bola, coleccionou quatro acções defensivas no meio campo contrário, dois desarmes e três intercepções.
Não tivessem sido os seis maus controlos de bola e teria tido uma nota ainda mais elevada, ainda assim foi o MVP com um excelente GoalPoint Rating de 7.5.
Destaques do Benfica
Grimaldo 7.1 – Boa exibição do espanhol. No ataque ficou próximo de marcar ao minuto sete, gizou quatro passes para finalização e falhou apenas cinco dos 56 passes feitos. Elemento em campo com mais acções com a bola, 82 no total, revelou-se ainda com seis recuperações de posse e quatro alívios.
Gonçalo Ramos 7.0 – Tem justificado a aposta da equipa técnica com boas “performances”. Foi o jogador que mais rematou e, desses cinco remates, três levaram a direcção do alvo e um terminou dentro das redes adversárias. O internacional sub-21 sai de campo com seis passes valiosos, seis passes aproximativos e um total de nove acções com a bola na área do Estoril, máximo no encontro.
Otamendi 6.6 – Bom jogo do argentino, que apenas falhou um passe em 55 (98% de eficácia), recuperou a posse em oito ocasiões, realizou dois desarmes, três intercepções e outros tantos alívios.
Vertonghen 6.2 – Na senda do parceiro, o belga esteve bem, evitou o empate com um corte salvado e desperdiçou apenas dois dos 57 passes que fez. Foi autor de três alívios e bloqueou três remates dos visitantes.
Gilberto 5.8 – O ponto alto foi a assistência para o 2-0 de Gonçalo Ramos. O brasileiro fechou o jogo com três passes para finalização, quatro cruzamentos e quatro acções com a bola na área do Estoril. Num outro plano, perdeu a posse por 17 vezes e contabilizou quatro maus controlos de bola.
Everton 5.6 – Longe da forma que o notabilizou no Grémio e na selecção do Brasil, previsível no drible e sem confiança para arriscar nas jogadas individuais. Autor de três remates – todos desenquadrados -, dois passes para finalização e quatro acções com a bola na área adversária.
Meité 5.4 – Titular na ausência do castigado Taarabt, foi aparecendo a espaços no encontro com três passes valiosos, três conduções aproximativas, seis recuperações de posse e três intercepções. Perdeu a posse por nove vezes.
Weigl 5.1 – Talvez cansado, após o duelo ante o Ajax, o alemão somou poucas acções defensivas (4) e só esteve verdadeiramente bem no passe (92% de eficácia).
Yaremchuk 5.1 – Tentou envolver-se nas investidas da equipa, mas sem muito sucesso. Em 61 minutos rematou por duas vezes, assinou quatro acções com a bola na área do Estoril e registou três maus controlos de bola.
João Mário 4.9 – Em cerca de 29 minutos em jogo, acertou 12 dos 14 passes tentados, registou 17 acções com a bola e quatro perdas de posse. Tentou jogar pelo seguro, sem arriscar muito.
Destaques do Estoril Praia
André Franco 6.7 – Foi o principal articulador do futebol dos “canarinhos”, com três remates, um golo, quatro passes para finalização e cinco faltas sofridas.
Dani Figueira 6.2 – Sem culpas nos dois golos sofridos, brilhou a grande altura com excelentes intervenções, quatro no total.
Mboula 5.9 – Formado no Barcelona, o extremo foi dos principais agitadores, principalmente na primeira metade. Saiu perto do fim com cinco remates, um dos quais embateu no poste, sete acções com a bola na área do Benfica e um passe valioso. Fez só sete passes, mas todos certos.
Resumo
// GoalPoint
