Estudo mostra que até os mais pequenos sentem um impacto diferente quando estão a ouvir música ao vivo.
Se calhar referir um DVD ali no título vai ser “antiquado” para alguns leitores. Mas há jornalistas… “antiquados”.
E até podia ter sido mais antigo: poderia estar ali cassete de vídeo.
O foco: um estudo mostra que até os bebés sentem um impacto diferente quando estão numa “baby opera”, quando estão a ouvir música ao vivo.
É diferente de quando estão em casa a ver o concerto.
Os batimentos cardíacos são outros, os bebés ficam significativamente mais envolvidos na música do que bebés que assistem ao mesmo programa, mas em casa, a uma gravação.
E mesmo que essa gravação seja igual à versão ao vivo, tal como aconteceu neste estudo, destaca o portal Science Daily.
Neste estudo foi analisado o comportamento de 120 bebés, todos entre os 6 e os 14 meses. Metade assistiu ao concerto em casa, outra metade assistiu ao concerto ao vivo, na Universidade de McMaster, no Canadá.
Quem esteve no local do concerto, esteve atento durante 74% do tempo. Quem esteve em casa, a atenção ficou-se pelos 54% da duração do evento. Além disso, quem esteve na Universidade ficou durante mais tempo seguido a olhar para o palco.
Há dois factores essenciais para essa diferença: a interacção com os músicos que estão no palco e a experiência social de estar no meio de uma multidão.
Se o cenário no palco é mais calmo, os bebés também tranquilizam; mas se há uma nota mais forte ou uma voz que se destaca, o entusiasmo apoderava-se dos bebés nesse estudo.
Estar naquele ambiente a ouvir música é diferente de ouvir música sozinho. É também uma questão de conexão e de partilha.
Nesses concertos de música, há dois elementos que se juntam nesses momentos. Ambos são cruciais no desenvolvimento da criança: a socialização e a própria música, que ajuda a criar laços e que desenvolve o cérebro. E os bebés reagem emocionalmente à música, mesmo antes de completarem um ano de vida.
Há estudos que mostram que os bebés socializam mais facilmente com alguém depois de ouvir essa pessoa a cantar uma música familiar, ou depois de dançar com ela.