Há más notícias para os que não vivem sem (grandes quantidades de) café: o maior estudo do género feito até ao momento ligou o consumo excessivo de café a um risco consideravelmente maior de desenvolver demência.
Uma equipa de cientistas da University of South Australia analisou os registos médicos de 17.702 voluntários, disponíveis no banco de dados do UK Biobank, e encontrou uma impressionante correlação entre beber muito café – seis ou mais chávenas por dia – e um aumento de 53% no risco de demência.
Segundo o Futurism, o estudo também mostra uma ligação entre o consumo excessivo da bebida e uma maior prevalência de alterações físicas no cérebro e outras doenças neurológicas.
“Levando em consideração todas as permutações possíveis, descobrimos consistentemente que o consumo excessivo de café estava significativamente associado ao volume cerebral reduzido”, disse a investigadora Kitty Pham, em comunicado. “Beber mais de seis chávenas de café por dia pode colocá-lo em risco de doenças cerebrais, como demência e AVC.”
Os cientistas defendem que este novo estudo, cujo artigo científico foi publicado recentemente na Nutritional Neuroscience, é extremamente relevante para a saúde pública.
Investigações nutricionais são sempre extremamente difíceis de realizar, porque diferentes estudos tendem a apontar em direções opostas. No entanto, a escala desta nova investigação, juntamente com a ingestão extremamente alta de café que analisou, concede-lhe credibilidade extra.