Nas negociações com o Executivo, o Bloco de Esquerda não vai deixar de lado o Novo Banco. Debaixo do braço, leva exigências e mudanças na gestão do banco e no Fundo de Resolução.
O Novo Banco vai marcar uma forte presença nas discussões entre o Bloco de Esquerda e o Governo encabeçado por António Costa. “O Novo Banco é um dos temas de que teremos de falar”, disse Catarina Martins, coordenadora bloquista, à Visão.
O partido quer mudanças na gestão do banco e na liderança do Fundo de Resolução, sob comando de Máximo dos Santos.
Ao Correio da Manhã, a deputada Mariana Mortágua defende que “é preciso retirar a confiança à administração do Novo Banco”, uma vez que, na sua ótica, “não é possível ter à frente do banco alguém que está sempre a tomar decisões contra o Estado“, numa referência a António Ramalho.
Quanto ao Fundo de Resolução, a bloquista sublinhou que o organismo mostrou não ter “capacidade de fiscalização” na venda dos ativos.
O atual governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, ainda não revelou as escolhas que fará para o regulador, sendo certo que poderá escolher até quatro novos administradores, dando margem a ajustes na distribuição de pelouros.
O Bloco de Esquerda leva ainda para os encontros com o Governo a exigência de que a Inspeção-Geral de Finanças, ou o próprio Banco de Portugal, concluam a auditoria entregue à Deloitte. Através do documento, os bloquistas querem perceber se há argumentos para que seja anulado o contrato de compra do Novo Banco pela Lone Star.
Infelizmente, Catarina Martins tem toda a razão, no que ao que diz respeito ao NOVO BANCO. É um completo desrespeito pelos Portugueses. Usam e abusam de todos nós, toda aquela corja de malfeitores, juntamente com quem esteve nas negociações da venda. Não tenho dúvidas, que se trata de um caso para a ser investigado, por bons e honestos policias.