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Banco de Portugal validou banqueiro do Crédito Agrícola após contrato polémico

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O Banco de Portugal questionou o polémico pagamento do Crédito Agrícola à mulher do presidente executivo do banco. No entanto, deixou-o passar no teste que avalia a idoneidade e a adequação ao cargo.

Pelo menos desde 2016, o Crédito Agrícola pagava mais de dois mil euros mensais à mulher do presidente executivo do banco. Licínio Pina justificou que a mulher lhe garantia estabilidade emocional. “É há mais de 36 anos o meu fator de equilíbrio”, afirmou o banqueiro.

O caso foi alvo de uma denúncia anónima ao Banco de Portugal que fez perguntas ao banco em questão. A subvenção entretanto parou ou foi convertida noutro tipo de pagamento. No entanto, esta subvenção à mulher não impediu a recondução de Licínio Pina ao cargo, avança o Observador.

Em 2019, o conselho de administração da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo foi reeleito e na avaliação do Banco de Portugal à idoneidade e adequação ao cargo dos seus elementos passou o teste.

O processo de avaliação aconteceu já depois de uma intervenção do supervisor bancário junto da administração do Crédito Agrícola na sequência de denúncias anónimas recebidas sobre várias situações, entre as quais o pagamento de uma subvenção pela instituição à mulher de Licínio Pina.

Contudo, não é claro se o Banco de Portugal deu ordem para travar o pagamento desta subvenção. Certo é que o resultado foi a interrupção desta transferência antes da reavaliação da idoneidade do presidente do Crédito Agrícola.

Ao Observador, fonte oficial do Banco de Portugal afirmou apenas que “avalia todas as denúncias que lhe são transmitidas, formulando as conclusões fundamentadas que sejam suscetíveis de ser obtidas, quer no plano prudencial quer no plano sancionatório”.

ZAP //

3 Comments

  1. Parece-me que alguém pretende substituir o actual presidente executivo da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo por um amigalhaço que iria fazer uns “favores” aos “empresários” do costume. Parece que estes já sentem a falta do BPN, Banif, BES para esquemas que levaram os portugueses a pagar as suas vigarices.

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