“Salvo grandes surpresas, temos o suficiente para remover o nível superior de restrição”, admitiu o economista-chefe do banco.
Após dois anos de taxas de juro recorde, sempre ou com subidas ou com manutenções, vem aí uma descida.
O Banco Central Europeu (BCE) está pronto para baixar as taxas de juro em Junho, admitiu o seu economista-chefe.
A taxa na Zona Euro tem andado sempre no nível histórico dos 4%, mas é quase certo que o número vai descer na próxima semana, na reunião do BCE.
“Salvo grandes surpresas, neste momento, há o suficiente no que vemos para remover o nível superior de restrição”, comentou o economista-chefe Philip Lane, em entrevista ao jornal Financial Times.
Escreve o jornal de que este é um “sinal claro” de que no dia 6 de Junho, dia da reunião na Alemanha, vai ser aprovado o corte nos juros.
Desde o início da guerra na Ucrânia que se tem verificado a escalada inédita das taxas de juro directoras, que mexem por exemplo com os juros na habitação.
O BCE, descendo agora os juros, vai antecipar-se ao Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos da América e ao Banco de Inglaterra, outros grandes bancos centrais.
“Os banqueiros centrais aspiram a ser tão aborrecidos e espero que os banqueiros centrais aspirem a ter o mínimo de ego possível“, analisou Lane.
O economista-chefe explicou ainda que a inflação desceu mais rapidamente na Europa porque o custo de vida na Europa também tinha aumentado mais quando a guerra começou: “Lidar com a guerra e com o problema da energia tem sido custoso para a Europa.”
No entanto, a política restritiva vai continuar, para assegurar que a inflação não volte a subir depois de forma considerável.