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“Danos de 20 anos num só dia”. Inundações em Veneza ameaçam Basílica de São Marcos

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Andrea Merola / EPA

A cidade italiana de Veneza está novamente a ser assolada por inundações, que ameaçam a Basílica de São Marcos, a catedral mais famosa da cidade. Anualmente, recebe cerca de cinco milhões de visitantes.

A praça que circunda a Basílica de São Marcos ficou esta terça-feira totalmente inundada devido às chuvas. O nível da água, escreve o Jornal de Notícias e a Rádio Renascença subiu aos 1,27 metros, invadindo estabelecimentos e obrigando a fechar creches por precaução.

As inundações que se sentem há alguns dias deixaram danos consideráveis nas paredes e nas colunas da Basílica de São Marcos. A água no interior do edifício atingiu os 70 centímetros, sendo o Batistério e a Capela Zen as áreas mais afetadas.

De acordo com a RR, esta é a sexta inundação a atingir o interior do edifício desde que a Basílica foi construída no século XI.

Segundo o jornal britânico The Telegraph, a basílica está a pedir financiamento urgente para salvar o seu piso que é composto por mármore e mosaicos.

De acordo com Carlo Alberto Tesserin, administrador do edifico, a igreja sofreu danos de vinte anos em apenas um dia, estimando o seu reparo inicial em 2,7 milhões de euros. O mesmo diário frisa que esta é uma das piores inundações na cidade de 1872.

A basílica já investiu alguns fundos próprios, cerca de 700.000 euros, segundo um comunicado divulgado no passado fim de semana, mas é necessária a ajuda do Governo italiano, a quem pede mais 2 milhões de euros.

“Acreditamos que o Governo, que prometeu proteger São Marcos e toda a cidade de Veneza das inundações das marés, deve fornecer fundos urgentes para proteger a herança universal de Veneza”, pode ler-se na nota, citada pelo mesmo jornal.

O engenheiro Pierpaolo Campostrini, que é também curador da Basílica de São Marcos, falou também sobre a inundação na basílica, dando conta que estão a tentar limitar os danos, especialmente nas “zonas mais sensíveis”.

“Não temos sistemas de defesa para quando a maré é tão alta. Por exemplo, na capela Zen utilizámos barreiras móveis; temos outros instrumentos de defesa passiva, como comportas, que foram adaptadas, e bombas de extração de água. Mas isso é, em grande parte, insuficiente quando a água chega a esta altura”, lamentou, dando conta que uma das maiores preocupações está relacionada com os mosaicos do chão da basílica.

Turista e moradores têm sido obrigados a usar botas para atravessar as ruas de Veneza desde o final de outubro, altura em que a cidade começou a a ser inundada. Nas redes sociais multiplicam-se os vídeos e as fotografias sobre as inundações.

Veneza costuma ser atingida por inundações: no ano passado, recorde-se, o mau tempo que se fez sentir em Itália inundou a cidade. 75% de Veneza estava debaixo de água.

ZAP //

2 Comments

  1. Na Veneza de Portugal, insiste-se em querer continuar a construir em zona inundável!

    Nos antigos terrenos junto à Vitasal, na ponta norte do Canal de São Roque em Aveiro (ver local: https://goo.gl/maps/v48t2XJgd434vVek8), está previsto ser construído um Lago e Porto de Recreio (Plano de Urbanização da Pólis Aveiro, ainda hoje em vigor).

    Contudo o novo PDM proposto pelo presente executivo, propõe revogar todo o planeamento urbanístico de maior pormenor, eliminando muitas das boas propostas que os Planos de urbanização em vigor defendiam!

    Os terrenos alagados da zona da Vitasal mudaram de mãos, e quem vendeu estava convencido que o destino de uma grande parte destes terrenos seria água (porto de recreio urbano) e jardins envolventes – uma futura zona nobre da cidade !

    Agora, o atual presidente, com a sua revisão de PDM quer agora permitir construir até 6 pisos em zonas antes consideradas não edificáveis por serem consideradas zonas inundáveis ou ameaçadas por cheias (logo Reserva Ecológica Nacional – DL n.º 124/2019, de 28 de Agosto).

    Quem ganha com a alteração do zonamento urbanístico afinal?! Os aveirenses que perdem jardins e o Porto de Recreio?! Ou quem comprou os terrenos que eram água / sapal (portanto que segundo a Lei da REN, seriam obrigatoriamente classificados como Reserva Ecológica Nacional, mas que não foram por motivo desconhecido por muitos, mas conhecido por alguns!…). Os terrenos passarão a valer 50 vezes mais…!

    Valerá a pena investigar um pouco mais?!?!?….Certo?!

  2. Na Veneza de Portugal, insiste-se em querer continuar a construir em zona inundável!

    Nos antigos terrenos junto à Vitasal, na ponta norte do Canal de São Roque em Aveiro (ver local: https://goo.gl/maps/v48t2XJgd434vVek8), está previsto ser construído um Lago e Porto de Recreio (Plano de Urbanização da Pólis Aveiro, ainda hoje em vigor).

    Contudo o novo PDM proposto pelo presente executivo, propõe revogar todo o planeamento urbanístico de maior pormenor, eliminando muitas das boas propostas que os Planos de urbanização em vigor defendiam!

    Os terrenos alagados da zona da Vitasal mudaram de mãos, e quem vendeu estava convencido que o destino de uma grande parte destes terrenos seria água (porto de recreio urbano) e jardins envolventes – uma futura zona nobre da cidade conforme proposto no Plano de Urbanização da Polis Aveiro !

    Agora, o atual presidente, com a sua revisão de PDM quer agora permitir construir até 6 pisos em zonas antes consideradas não edificáveis dado serem zonas inundáveis ou ameaçadas por cheias (logo Reserva Ecológica Nacional – DL n.º 124/2019, de 28 de Agosto). (Veja-se pareceres negativos das entidades, sobre a construção em zonas inundáveis em https://filesx.cm-aveiro.pt/index.php/s/MszYapmbajs7BwC#pdfviewer)

    O problema é o mesmo que se verifica no Rossio, onde o presidente, contra tudo (ciência técnica) e contra todos (população e movimentos cívicos espontâneos) quer construir cave de estacionamento em zona que já foi alagada diversas vezes!!!

    Quem ganha com a alteração do zonamento urbanístico afinal?! Os aveirenses que perdem jardins e o Porto de Recreio?! Quem lá estacionar e um dia vir o seu carro debaixo de água ?! Ou, quem comprou os terrenos que eram água / sapal (portanto que segundo a Lei da REN, seriam obrigatoriamente classificados como Reserva Ecológica Nacional, mas que não foram por motivo desconhecido por muitos, mas conhecido por alguns!…). Os terrenos passarão a valer 50 vezes mais…!

    Estranho?! Talvez não, pois estamos em Portugal!

    Valerá a pena investigar um pouco mais?!?!?….Certo?!

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