Tiago Barbosa Ribeiro, candidato do PS à Câmara Municipal do Porto, escreveu a Rui Moreira, apelando à autarquia para organizar o acolhimento de refugiados afegãos.
“O Afeganistão vive uma gravíssima crise humanitária. As imagens de milhares de pessoas em desespero, muitas delas entregando os seus filhos a desconhecidos para tentarem uma fuga, não deixam ninguém indiferente”, disse Tiago Barbosa Ribeiro citado pelo Expresso.
O deputado realça que são vários os países, cidades e instituições que já se ofereceram para acolher refugiados afegãos e que o Porto não pode ficar de fora. “Tem de honrar a tradição humanista” da cidade, sublinha.
Embora o candidato socialistas tenha dito que enviou uma carta sobre o assunto a Rui Moreira, a autarquia disse ao semanário que não tinha conhecimento da missiva.
A Câmara do Porto garante que não recebeu até ao momento qualquer carta de Barbosa Ribeiro, mas assegura que a autarquia já se disponibilizou junto do Governo para colaborar e ajudar a dar as melhores respostas.
“Nestas questões, o executivo disponibiliza-se junto da tutela para colaborar em estreita colaboração e articulação com o Governo”, salienta a autarquia.
Fonte da recandidatura de Rui Moreira aconselha o deputado a “informar-se junto do Governo, antes de fazer críticas sem sentido”. Por sua vez, Rui Moreira “lamenta profundamente o aproveitamento político da desgraça alheia”.
Este a tentar trazer o campeonato da “fofice” para as eleições autárquicas.
Sugiro a Rui Moreira que atente à posição do governo da Áustria (https://observador.pt/2021/08/23/governo-da-austria-mantem-recusa-em-receber-refugiados/)
Os países ocupantes é que têm a obrigação de receber os refugiados.
Tudo serve para a propaganda das próximas eleições autárquicas. Este candidato, em vez de pedir a Rui Moreira devia, isso sim, junto do seu partido – que está a governar o país – criticar a paupérrima oferta de acolhimento de 50 cidadãos afegãos, quando os necessitados são muitos milhares deles. E, por outro lado, os seus companheiros de partido e responsáveis políticos do país, continuam a gozar as suas férias, abstraindo-se da tragédia em curso e nem sequer aparecem a criticar as decisões tomadas pelos EUA e NATO.