A banda norte-americana Flaming Lips utilizou bolhas insufláveis de tamanho humano num concerto em Oklahoma, uma solução para proteger os músicos e o público do novo coronavírus, enquanto tenta encontrar uma forma segura para atuar ao vivo.
Apresentando-se na sua cidade natal, os Flaming Lips atuaram dentro de esferas de plástico individuais. O concerto – composto por uma parte do espetáculo ao vivo e outra em videoclipe – nasceu de um esboço concebido pelo vocalista Wayne Coyne durante os primeiros dias da pandemia, segundo contou à CNN.
“Fiz um pequeno desenho”, com “uma imagem dos Flaming Lips a fazer um concerto em 2019. E eu sou a única pessoa na bolha espacial”, disse Coyne durante uma entrevista ao telefone. “Depois fiz outro desenho, com os Flaming Lips num show em 2020. Exatamente o mesmo cenário, mas eu estou numa bolha e todos os outros também”.
Na época, indicou Coyne, o desenho era um comentário social sobre o estado do vírus, que este esperava que não se prolongasse a ponto de ter tempo de realizar a experiência. “Não acho que alguém teria pensado, em meados de março, que isso ainda estaria a acontecer oito meses depois. Todos pensámos que seria coisa de um mês, talvez dois meses”.
As “bolhas espaciais” já faziam parte dos concertos da banda. Depois de definir as especificações, esta encomendou 100 bolhas da China para o show em Oklahoma. “Desde maio, o desejo de ver a música ao vivo aumentou”, indicou Coyne, contando que os fãs interessados na experiência foram convidados a chegar ao local entre as 06:30 e as 19:00. “Pouco depois das seis, já tínhamos gente suficiente”, referiu.
“Pode-se ficar tão animado quanto se quiser, pode-se gritar o quanto se quiser”, sem “infetar a pessoa ao lado”, notou. “A barreira ainda está lá, o público está protegido” e “essa parte é o que realmente sentimos que foi o sucesso”, acrescentou o músico.
Coronavírus / Covid-19
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