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Bancos preparam empréstimo para o Novo Banco (e valor é menor do que o pedido por Ramalho)

A negociação entre os bancos, o Governo e o Banco de Portugal está avançada e já é certo que as instituições financeiras vão financiar o Fundo de Resolução num montante até 475 milhões de euros.

Apesar de ainda não haver um acordo global, já está fechado um financiamento montado em dois patamares, segundo avança o Jornal de Negócios esta quarta-feira.

De acordo com o jornal, o financiamento será feito com uma parcela inicial de 275 milhões de euros, colocados de imediato no Novo Banco, e uma segunda parcela de 200 milhões disponibilizados numa espécie de abertura de crédito, que poderão vir a ser utilizados em parte ou no seu montante total.

O valor máximo do financiamento – 475 milhões de euros – é menor do que os 598 milhões pedidos pela administração do banco presidido por António Ramalho.

Os Governo e os bancos estão a ter em conta os diferendos que existem entre o banco e o Fundo de Resolução para a contabilização destas verbas. O Tesouro pretende que os 475 milhões de euros sejam utilizados no imediato, com a contrapartida de que 200 milhões sejam recuperados com as decisões dos tribunais arbitrais sobre os diferendos com o Novo Banco.

Por outro lado, os auditores dos bancos têm reservas sobre uma injeção imediata de 475 milhões no Novo Banco, admitindo exigir às instituições financeiras a constituição de provisões face aos riscos associados a uma disponibilização de verbas numa só tranche.

Segundo o jornal, as instituições financeiras não querem criar dificuldades ao Governo e Fundo de Resolução no cumprimento do contrato com a Lone Star, mas também não querem arriscar somar provisões ao balanço numa altura de crise.

Por agora, está fechado que haverá um novo contrato de empréstimo – em vez de um aditamento ao financiamento de 2014. Além disso, é já dado como certo que os bancos vão receber o reembolso do financiamento a par e passo com o Estado – e não após 2046.

A expetativa é de que o acordo para o empréstimo possa ser ser fechado até ao final desta semana.

Esta terça-feira, o ministro das Finanças João Leão considerou que valor pedido pelo Novo Banco não é adequado nem se justifica.

Maria Campos, ZAP //

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