O bizarro Ballon D’Or que teve as contas geridas pela mãe até aos 38 anos

The FA

Michael Owen somou 89 internacionalizações por Inglaterra.

O ex-internacional inglês Michael Owen nunca bebeu café ou chá e as suas contas bancárias foram controladas pelas sua mãe até aos 38 anos.

Michael Owen tinha apenas 18 anos quando integrou a seleção inglesa no Mundial 1998, em França. Acabado de despontar no Liverpool, o jovem avançado deu boas indicações, marcando dois golos em quatro partidas — incluindo um nos oitavos de final, frente à Argentina.

O inglês conquistou o Ballon D’Or em 2001, depois de uma excelente campanha ao serviço dos reds e alguns anos depois conquistou uma transferência para o Real Madrid. Os galácticos pagaram 12 milhões de euros pelo britânico.

No entanto, a passagem por Madrid foi curta. Owen só esteve lá uma temporada, marcando 16 golos. Com muita concorrência no plantel, o jovem decidiu regressar a casa. O Newcastle abriu os cordões à bolsa e pagou 25 milhões de euros.

“O meu jogador é preferido é o Michael Owen”, chegou, certa altura, a dizer o brasileiro Pelé. Afetado por muitas lesões ao longo da sua carreira, ficou sempre a ideia de que, ainda assim, Michael Owen podia ter dado mais ao futebol.

Para lá daquilo que fazia nos relvados, a sua carreira ficou marcada por vários episódios caricatos. Afinal de contas, até aos 38 anos, era a mãe que geria as suas contas bancárias. Owen deixou o futebol aos 33 anos de idade, terminando a carreira no Stoke City.

Em 1999, quando começou a ser visto como uma grande promessa de Inglaterra, o jovem protagonizou a série televisiva Michael Owen’s Soccer Skills. Num dos episódios, em que Owen deveria estar a ensinar jovens, o avançado aproveitou para treinar as finalizações. Com um jovem adolescente na baliza, Owen não se poupou nos remates. “Pobre Jamie, não tem hipóteses”, atirou o futebolista.

Quem não estava a achar muita piada era o treinador de guarda-redes Neville Southall que, a certa altura, intervém e diz: “Muito bem. Ele tem 13 anos”. Owen não se importa e celebra o golo marcado. “Game, set and match, Owen”, respondeu.

Owen não gostava de cinema nem de televisão. “Fico muito entediado a ver filmes”, disse. “Acho que provavelmente vi seis ou sete na minha vida. Rocky, Cool Runnings, Jurassic Park — fui forçado a ver esse duas vezes também”. O seu filme favorito? “Nenhum”, atirou.

Quando Owen se transferiu para o Newcastle, chocou os adeptos ao recusar mudar-se para a cidade. A estrela inglesa voava de helicóptero para os treinos e para os jogos. A situação é de tal forma caricata que os responsáveis pelo Turismo em Dubai o contrataram para um anúncio televisivo igualmente bizarro.

Já depois de pendurar as chuteiras, Michael Owen tornou-se comentador desportivo. Ficou conhecido por observações banais e óbvias: “Hoje em dia, os jogadores de futebol normalmente precisam de usar os pés”; “qualquer equipa que marque mais golos normalmente ganha”; e “para te manteres no jogo, tens que te manter no jogo”.

Daniel Costa, ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.