Há mais uma vítima do jogo Baleia Azul, em Portugal, numa altura em que a Polícia Judiciária está a investigar o que considera uma “rede” semelhante à dos pedófilos que se movimentam na Internet e que passa por telefonemas de madrugada e ameaças à família dos jovens.
Na terça-feira, uma adolescente de Matosinhos foi internada com cortes na mão, num braço e no peito, suspeitando-se que seja mais uma das vítimas do jogo Baleia Azul, que incita ao suicídio como desafio final.
A jovem de 15 anos está internada na pedopsiquiatria do Centro Hospitalar do Porto, segundo revela o Jornal de Notícias, notando que o seu caso chegou ao conhecimento da PSP através da mãe de uma amiga da vítima.
“Quando a fiz ver no que poderia estar envolvida, acabou agarrada a mim a chorar”, conta esta mulher, Fernanda Vieira, ao JN, revelando que a adolescente lhe contou que “andava a receber telefonemas do administrador do jogo e que recebia música e filmes de terror”.
O jornal refere ainda que a adolescente “receberia instruções” do alegado “curador” do jogo, “entre a meia-noite e as quatro horas” da manhã. Esse “curador” dizia ter 23 anos e tinha “sotaque brasileiro”, frisa o jornal.
O caso está a ser investigado pela unidade de crime informático da Polícia Judiciária (PJ) do Norte, conforme refere o Expresso, notando que a jovem só deverá ter alta depois de fazer exames forenses.
A investigação é liderada por “peritos em cibercrime” perante os “fortes indícios” de que esta menor seja mais uma das vítimas do Baleia Azul, em Portugal, refere o semanário.
“Indivíduos anormais” que agem como os pedófilos
A PJ está a tentar chegar aos “curadores” do jogo para concluir se são portugueses ou se os desafios lançados aos jovens chegam a partir do estrangeiro, nota o Diário de Notícias.
“O jogo Baleia Azul faz lembrar um processo de radicalização”, salienta ao DN o director da Unidade Nacional do Crime Informático (unc3t), Carlos Cabreiro.
“É manipulação pura. Faz lembrar os pedófilos na Internet que coleccionam imagens de crianças. São indivíduos anormais que pegam nesta informação, num conjunto de tarefas a que chamam desafios, com ameaças, que faz com que os alvos se sintam na obrigação de cumprir os ditos desafios”, acrescenta este responsável da PJ.
Carlos Cabreiro diz ainda que “pode haver aqui um mercado de adultos a tirar partido disto, de alguma forma”, e considera que a onda mediática em torno do jogo só favorece os que o impulsionam.
“Pretende-se que a divulgação seja massiva para haver adesão dos adolescentes e jovens adultos. Mas é preciso dizer e repetir isto aos pais e filhos: a ameaça que estes indivíduos fazem não é séria, não há concretização dessas ameaças – de que matam alguém da família se o alvo não cumprir as tarefas”, alerta ainda o responsável da unc3t.
Os “curadores” do jogo incorrem em crimes de incitamento ou ajuda ao suicídio para as quais as penas de prisão rondam os cinco anos (se a vítima for menor e tentar o suicídio) e os três anos (quando a vítima é adulta).
Aliciamento de jovens de 11 e 12 anos
Entretanto, o JN avança que foi encontrada a quinta vítima do jogo que será uma adolescente de Gondomar, também já em tratamento com vários cortes no corpo.
O Ministério Público tinha já anunciado a abertura de três inquéritos relacionados com o jogo nas comarcas de Setúbal, Portalegre e Faro, envolvendo jovens com idades entre os 15 e os 18 anos.
Mas o DN apurou que o aliciamento começa já a jovens de 11 e 12 anos, conforme constata a psicóloga clínica Bárbara Ramos Dias, que refere os casos de dois pacientes com estas idades que “receberam uma mensagem pela rede social WhatsApp em português, com o primeiro desafio: tatuar uma baleia no braço”.
E há crentes nisso…
Mantes vazias.
Mundo doente…Darwin em ação!
Formidável! Há dois darwinistas no ZAP!
Se houvesse boa educação em casa, metade pelo menos destes casos, não teriam acontecido. Infelizmente isso e a personalidades fracas/baixa autoestima levam a parvoíces desta natureza.
Este homem é que disse tudo. A educação “caseira” não existe na maioria dos casos. A escola por seu lado forma e não educa. Logo, quem educa? A TV e a internet.
Recebem telefonemas de madrugada, pela simples razão de terem facultado o seu contacto telefónico. Inteligentes estes jovens. Até tremo só de imaginar que estes jovens poderão no futuro ser médicos, juízes, gestores, etc etc etc…….
Eu entnedo estes problemas pois tenho um filho com quase 40 anos que se tem privado do que e bom na vida por vicios identicos.
Ja namorou, ja casou e hoje esta separado por causa dos jogos de computador: ele e programador de computadores mas nao consegue ganhar a vida com o que sabe fazer.
(Escrito num teclado americano, por isso nao posso por acentuacao)