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Balão gástrico que pode ser engolido leva a emagrecimento substancial

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Uma pesquisa desenvolvida por investigadores italianos mostra que um novo tipo de balão gástrico, que pode ser engolido, leva a uma perda de peso efetiva, segura e eficaz.

Esta investigação, conduzida por Roberta Ienca, da Universidade La Sapienza, de Roma (Itália), é um dos projetos apresentados durante o 24º. Congresso Europeu sobre a Obesidade (ECO), organizado pela Associação Europeia para o Estudo da Obesidade, a decorrer entre quarta-feira e sábado, na Alfândega do Porto.

De acordo com um comunicado da Associação Europeia para o Estudo da Obesidade, os balões intragástricos (IGBs), “têm sido usados como dispositivos de perda de peso há décadas”.

“O seu mecanismo de ação é multifatorial, o que facilita a adesão a uma dieta de baixas calorias, induzindo à sensação de saciedade”, acrescenta a nota informativa da associação europeia segundo a qual, os procedimentos para introdução do balão, até à data, exigiam recurso a endoscopia e a anestesia, resultando numa taxa de adoção “baixa” e num “alto custo”, acrescenta a nota informativa.

No novo estudo liderado por Roberta Ienca, da Universidade Sapienza, em Roma, os autores avaliaram a eficácia e a segurança de um novo tipo de balão gástrico – balão de Elipse – que não necessita de endoscopia ou anestesia e é otimizado para reduzir o risco e o desconforto.

Para obtenção dos resultados, 42 pacientes obesos – 29 homens e 13 mulheres – engoliram balões gástricos vazios e, depois, os médicos preencheram os dispositivos com água.

Os pacientes foram também submetidos a uma dieta cetogénica (rica em lípidos, com baixo teor de hidratos de carbono e quantidades moderadas de proteínas), designada por VLCKD, ingerindo cerca de 700 quilocalorias por dia no último mês de terapia, de forma a aumentar a perda de peso e a maximizar os resultados e a satisfação do doente.

De acordo com o comunicado, o balão permaneceu no estômago dos pacientes durante 16 semanas, período após o qual se abre espontaneamente, esvaziando-se e sendo excretado do organismo. Assim que o balão é excretado, os pacientes passam para uma dieta mediterrânica, com o intuito de manterem o peso.

Os resultados mostram que a perda média de peso foi de 15,2 quilos (31%) e a redução média de IMC foi de 4,9 quilos por metro quadrado.

“Não foram registados efeitos adversos graves” durante o tratamento, acrescenta a associação, indicando ainda que as náuseas, os vómitos e a dor abdominal sentidas pelos pacientes em determinados momentos foram resolvidos com medicação.

As conclusões indicam ainda que foram observadas reduções significativas na diabetes, na hipertensão arterial, no colesterol elevado e na síndrome metabólica.

De acordo com Roberta Ienca, referida no comunicado, o balão Elipse parece ser um método seguro e eficaz de perda de peso, auxiliado pela introdução de uma dieta como a VLCKD.

Por não ser necessário recorrer a endoscopia, cirurgia ou anestesia para a sua introdução, o balão Elipse torna-se “adequado para um maior número de pacientes obesos que não respondem a dietas, tratamentos ou a estilos de vida saudáveis”.

Este método pode ser utilizado por uma variedade de médicos, que atualmente “não têm acesso ou não são qualificados para proceder a endoscopia ou manuseamento de dispositivos cirúrgicos” para perda de peso, acrescentou a especialista.

Para além disso, a ausência de endoscopia e de anestesia para colocação e remoção do balão pode levar a uma “significativa redução de custos”, concluiu Roberta Ienca.

ZAP // Lusa

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7 Comments

  1. Fizessem só a VLCKD e o resultado era similar.
    O estudo devia ter sido feito com e sem VLCKD, como é que me vão garantir que sem colocar o balão, fazendo VLCKD o resultado não era semelhante.
    Enfim.. os estudos da treta do costume

  2. Gostaria de saber onde comprar este balão e quem pode acompanhar a dieta eo enchimento do balão. Enfim maiores esclarecimentos sobre o caso. tenho MUITO iNTERESSE.

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