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Bactéria que matou menina de sete anos na Maia é de “fonte alimentar” e não de hamster

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Microbe World / Flickr

Cluster de bacterias E. coli

A Autoridade de Saúde está a investigar a morte de uma criança de 7 anos, na Maia, devido a uma doença infecciosa que se acreditava ter sido causada por uma bactéria de hamster. Agora sabe-se que a infeção foi causada por uma bactéria que “terá sido contraída a partir de uma fonte alimentar”.

Segundo o Jornal de Notícias, a Autoridade de Saúde, que está a investigar o caso, confirmou que a morte da menina de 7 anos foi provocada pela bactéria “Escherihia coli”, vulgarmente conhecida como E. coli. Assim, a hipótese de contágio a partir de um hamster fica descartada.

Além disso, a Direção Geral de Alimentação e Veterinária garantiu não existir “qualquer prova de que o foco de contágio tenha sido o animal de estimação”. Em comunicado a DGVA explicou ainda que “nenhuma das doenças transmitidas dos roedores para os humanos provoca diarreia e vómitos nas pessoas atingidas“, sintomas que a criança de sete anos apresentava na sexta-feira quando foi internada.

A bactéria E. coli é comum e habita em todos os intestinos humanos e de alguns animais, mas em grandes quantidades pode causar problemas como infeção intestinal e infeção urinária, tendo na água e nos alimentos contaminados a sua principal fonte de transmissão.

Joana Teixeira morreu na segunda-feira, na sequência da falência dos rins, depois de sentir sintomas de gripe, vómitos e diarreia durante alguns dias.

A nota informativa da escola que dá conta da morte de uma aluna daquele Centro Escolar, a que a Lusa teve acesso, refere que “as principais medidas de proteção recomendadas são cuidados habituais de higiene pessoal e alimentar, comuns a outras infeções transmitidas pelos alimentos (incluindo a água) e por via fecal-oral”.

Não consumir leite ou seus derivados não pasteurizados, não consumir carne ou peixe mal cozinhados, evitando especialmente os produtos elaborados a partir de carne picada, de que são exemplos os hambúrgueres, almôndegas ou similares, e lavar cuidadosamente a fruta e os vegetais são algumas recomendações expressas.

É também referido que se deve “prevenir a contaminação cruzada, não utilizando, na preparação, os mesmos utensílios para diferentes alimentos“, bem como que se deve “separar os alimentos crus dos cozinhados”.

Na nota, que também foi dada a conhecer ao pessoal docente e não docente da escola, o diretor fala ainda no “afastamento do local de trabalho de qualquer manipulador de alimentos que apresente sintomas da doença”, bem como de qualquer aluno, docente ou não docente que apresente também os sintomas.

ZAP // Lusa

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