A Autoridade de Saúde está a investigar a morte de uma criança de 7 anos, na Maia, devido a uma doença infecciosa que terá sido causada por uma bactéria de hamster. A doença é transmissível, o que está a alarmar os pais da escola que a menina frequentava.
A criança morreu na semana passada, devido a “falência dos rins” provocada por uma doença “causada por uma bactéria infecciosa transmitida por um hamster e que é transmissível”, apurou o Observador.
A menina, que teria um hamster como animal de estimação, começou por queixar-se de vómitos e diarreia e foi assistida no Hospital de Alfena, em Valongo. Com o agravar do seu estado de saúde, foi transferida para o Hospital de S. João, no Porto, onde acabou por falecer na segunda-feira da semana passada, 13 de Novembro.
A delegada de Saúde Regional do Norte, Maria Neto, confirmou à Lusa a morte da criança devido a uma doença infecciosa, de notificação obrigatória, frisando que esta se adquire, “principalmente, através da ingestão de alimentos ou água contaminados, sendo também possível a transmissão pessoa a pessoa (fecal-oral)“.
Pais preocupados
Após o falecimento da aluna do Centro Escolar da Gandra, na Maia, o director do Agrupamento de Escolas de Águas Santas, Manuel Ferreira, informou os encarregados de educação dos alunos do pré-escolar e do 1º ciclo de uma série de medidas de protecção, recomendadas pelas autoridades de saúde.
Manuel Ferreira lamenta a morte da aluna e refere que não conhece a doença infecciosa em causa, notando à Lusa que pediu esclarecimentos “às entidades competentes”.
O director do agrupamento refere que acredita que “não há motivo para alarme” e que, por isso, está “tranquilo”, pois a escola está a cumprir os procedimentos recomendados.
Todavia, os encarregados de educação dos alunos do Centro Escolar estão preocupados e vão pedir esclarecimentos à direcção da escola, à Câmara da Maia e às autoridades de saúde, conforme apurou o Correio da Manhã.
“Queremos saber o que se passou e se os nossos filhos não correm perigo. Sabemos que esta criança conviveu com os colegas e já há, hoje, uma outra criança com os mesmos sintomas de vómitos e de diarreia”, refere o pai de um aluno da escola ao jornal.
Nota escolar refere medidas de prevenção
A nota informativa da escola, a que a Lusa teve acesso, refere que “as principais medidas de protecção recomendadas são cuidados habituais de higiene pessoal e alimentar, comuns a outras infecções transmitidas pelos alimentos (incluindo a água) e por via fecal-oral”.
Não consumir leite ou seus derivados não pasteurizados, não consumir carne ou peixe mal cozinhados, evitar especialmente os produtos feitos de carne picada como hambúrgueres e almôndegas, e lavar cuidadosamente a fruta e os vegetais são algumas das recomendações divulgadas pela escola junto dos encarregados de educação.
A escola aconselha, ainda, a “prevenir a contaminação cruzada, não utilizando, na preparação, os mesmos utensílios para diferentes alimentos” e procedendo à separação dos “alimentos crus dos cozinhados”.
Na nota, o director menciona também o “afastamento do local de trabalho de qualquer manipulador de alimentos que apresente sintomas da doença”, bem como de qualquer aluno, docente ou não docente que apresente também os sintomas, sem, no entanto, especificar quais são.
ZAP // Lusa