O aviso de Einstein sobre o fim da Humanidade (que o mundo ignorou)

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Netha Hussain / Midjourney

Albert Einstein, Prémio Nobel da Física em 1921

Logo em 1945, Einstein alertou contra os riscos das bombas nucleares, especificamente das bombas de hidrogénio, considerando que são uma ameaça existencial à nossa espécie.

Para além de ser um génio da física, Einstein também parecia ter o dom da previdência sobre o que acreditava que poderia ditar o fim da Humanidade.

Em 1939, em plena Segunda Guerra Mundial, o físico alemão pediu ao presidente dos EUA, Franklin D. Roosevelt, que acelerasse o trabalho do Projeto Manhattan — em que o próprio Einstein participou — que tinha como missão a criação da bomba atómica. Mais tarde, Einstein descreveu este apelo como o seu “único grande erro”.

Após o fim do conflito, no seu discurso do Prémio Nobel de 1945, deixou uma mensagem para o mundo: “A guerra está ganha, mas a paz não”.

Embora tenha colaborado com J. Robert Oppenheimer na criação da bomba nuclear, Einstein sentiu uma certa responsabilidade pessoal em avisar a Humanidade sobre a sua iminente obliteração se não fossemos extremamente cautelosos na utilização do armamento nuclear — especialmente as bombas de hidrogénio.

A bomba atómica foi a bomba original lançada em 1945, que funciona dividindo os átomos utilizando uma combinação de plutónio ou urânio com explosivos convencionais, um processo designado por fissão nuclear.

As bombas de hidrogénio, por sua vez, são dispositivos termonucleares que combinam a fissão nuclear com a fusão, ou seja, dividem e recombinam os átomos para aumentar a sua potência explosiva e ultrapassar em muito o poder das bombas atómicas.

Os receios de Einstein tinham fundamento, pois a arma nuclear mais poderosa alguma vez fabricada foi, de facto, uma bomba de hidrogénio lançada em 1961. Chamada Tsar Bomba e construída pela União Soviética, o seu poder explosivo ultrajante era 1570 vezes mais poderoso do que as bombas usadas em Hiroshima e Nagasaki juntas, explica o Grunge.

Já 10 anos depois de ter ganho o seu Prémio Nobel em 1945, Einstein juntou forças com um dos mais proeminentes filósofos e pensadores do século XX, Bertrand Russell, para alertar para os perigos das bombas de hidrogénio.

O Manifesto Russell-Einstein, que pode ser lido na íntegra no site Pugwash, foi assinado por uma série de outros físicos e matemáticos de renome e entregue em Londres em 1955.

O parágrafo final do manifesto deixa o grande aviso que foi ignorado: “Tendo em conta o facto de que em qualquer guerra mundial futura serão certamente utilizadas armas nucleares, e que tais armas ameaçam a existência continuada da Humanidade, instamos os governos do mundo a perceberem, e a reconhecerem publicamente, que o seu objetivo não pode ser promovido por uma guerra mundial, e instamo-los, consequentemente, a encontrarem meios pacíficos para a resolução de todas as questões de disputa entre eles.”

Para Einstein e Russell, estava em causa uma escolha simples entre era “o progresso contínuo em felicidade, conhecimento e sabedoria” — e a destruição. E num clima de crescente tensão entre as potências nucleares, este aviso é mais atual do que nunca.

Adriana Peixoto, ZAP //

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3 Comments

  1. O Homem não acredita e o americano, que já exterminou os índios do território que lhes roubou, procuram exterminar o resto do mundo para ficarem sós….Ficarâo????

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  2. Fernando, até parece que a ameaça principal vem dos Americanos! Não se esqueça da Russia que é um dos maiores predadores humanos ao cimo da Terra. Não fala desses, porquê?

  3. Os EUA ficarão para sempre marcados por terem lançado bombas atómicas sobre populações civis. Esperemos apenas que tenham sido as primeiras e últimas!

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