Os problemas foram detetados numa investigação a um incidente que aconteceu em julho de 2019 num voo Lisboa-Fez, em Marrocos, com 58 passageiros a bordo.
De acordo com a TSF, o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) encontrou falhas “relevantes” e “sistémicas” na gestão de segurança da frota de aviões ATR-72 que voam ao serviço da TAP, mas são operados por outra empresa.
Em julho, a aeronave que fazia o voo Lisboa-Fez embateu com a parte inferior da causa na pista e acabou por regressar a Lisboa sem todas as condições para voar. Segundo o matutino, o avião tinha uma copiloto em formação aos comandos.
Os aviões ATR-72 da TAP Express são operados pela White Airways, uma empresa fortemente criticada no relatório do GPIAAF e que é contratada pela companhia aérea portuguesa, voando com as cores da TAP.
O relatório apontou falhas e “atalhos” na formação e treino dos pilotos, com processos de “integração na operação de jovens pilotos que não se mostraram eficazes”. No voo de julho que ao aterrar embateu com a cauda na pista do aeroporto de Fez a copiloto aos comandos do avião estava em formação e não teve uma formação “eficaz e suficiente”, demonstrando-se “falhas no sistema de validação dos tripulantes”.
Depois de embater com a cauda na pista em Marrocos o avião regressou a Lisboa, decisão que o GPIAAF considerou errada, afirmando que podia ter corrido mal.
O acidente em Marrocos “tornou evidente um conjunto de fragilidades do operador e do seu sistema de gestão de segurança operacional”, nomeadamente, também, no voo de regresso a Lisboa pois o avião estava numa “condição não aeronavegável”, com a agravante da empresa não ter comunicado logo ao GPIAAF aquilo que aconteceu em Marrocos.
Segundo a TSF, o relatório indica ainda cinco recomendações à White Airways, mas também à Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), uma vez que regulador dos aviões em Portugal é acusado de várias “debilidades” na supervisão da empresa que trabalha para a TAP.
As falhas passam pela avaliação da formação, treino e gestão dos pilotos, assim como pela “supervisão da operação da frota ATR-72” e pelo controlo do risco destes aviões. De acordo com o GPIAAF, as falhas são “relevantes” e “sistémicas” na “gestão de segurança do operador e no processo de supervisão pela autoridade de certificação, a ANAC”.
Já agora a foto ilustrativa devia ser do aeroporto de Lisboa ou de Fez e/ou de um ATR e não de um Airbus no aeroporto da Madeira.
Como se percebe lendo a notícia (e contrariamente ao que o título dá a entender), os aviões em causa não são da TAP, mas sim da White Airways.
É com sucata como esta que os excelentes gestores privados da TAP vão salvar a TAP…
É normal numa copiloto. Se repararem nas partes laterais dos carros delas, estão todos raspados de entrarem nas garagens. Não havia ela de raspar com a cauda no chão. Ou então estava ao telemóvel…