Caso não jogue as partidas como visitado em casa, o Desportivo das Aves ameaça a impugnação do campeonato. O Marítimo já sabe que vai realizar os seus jogos na Madeira.
O presidente do Desportivo das Aves, Armando Silva, adianta que o clube vai “de certeza, impugnar o campeonato” se não puder realizar os jogos que lhe resta enquanto visitado no seu próprio estado, escreve o jornal Record.
“O campeonato da I Liga tem de ser igual para todos. A regulamentação tem de ser cumprida”, atirou Armando Silva, não admitindo jogar fora da Vila das Aves. “O Aves, se não jogar no seu estádio que está homologado pela Liga para a presente época, vai de certeza impugnar o campeonato”.
Os jogadores, equipa técnica e outros funcionários do Desportivo das Aves acusaram todos negativo na primeira bateria de testes de despistagem à covid-19, anunciou no domingo o último classificado da I Liga de futebol.
“Os testes ao SARS-CoV-2 efetuados no passado sábado ao plantel, equipa técnica e a todo o ‘staff’ próximo dos profissionais do clube deram todos negativos. Os resultados das análises foram revelados no domingo, por volta das 22:45, pelo departamento médico do clube”, lê-se em comunicado publicado no site oficial dos nortenhos.
Os 66 membros da estrutura do Desportivo das Aves foram testados no centro de rastreio móvel montado no Queimódromo do Porto, com colheita de sangue e zaragatoa nasal, cumprindo as regras determinadas pelas autoridades sanitárias, sendo que a próxima ronda de despistagem será “anunciada em breve”.
“Apesar de não ter sido detetado qualquer infetado no grupo de trabalho, mantêm-se os cuidados diários preventivos adotados para evitar o contágio, quer no desempenho do trabalho de cada um, quer na vida pessoal de cada profissional”, asseguram os avenses, que somaram 13 pontos em 24 jornadas, nove abaixo da zona de salvação.
Marítimo realiza jogos de visitado na Madeira
Por sua vez, o Marítimo vai fazer os cinco jogos da I Liga portuguesa de futebol como anfitrião na Madeira, anunciou hoje o clube insular no seu sítio oficial, uma decisão “merecida” para o presidente, Carlos Pereira.
“O Marítimo está há 35 anos consecutivos no principal escalão do futebol português, construiu um lastro importante ao longo das últimas décadas, com presenças em finais e nas competições europeias, e, por isso, acho que este desfecho é totalmente justo”, comentou.
Além do clube, o dirigente também destacou o fator da insularidade, além do investimento no Estádio do Marítimo, que irá receber Vitória de Setúbal, Gil Vicente, Benfica, Rio Ave e Famalicão até ao fim do campeonato, cujo regresso está marcado para 4 de junho, após ter sido suspenso em 12 de março, devido à pandemia de covid-19.
“Esta acaba por ser uma decisão importante para o Marítimo, para a Madeira e, sobretudo, para a nossa visão estratégica, que assenta no investimento nas infraestruturas. O Marítimo está numa região rodeada por mar, com uma única porta de saída (aeroporto), e investiu bastante para ter uma infraestrutura de nível 1, que muito nos orgulha”, salientou.
Os diálogos foram cruciais para o desfecho e Carlos Pereira enalteceu duas pessoas importantes para o parecer favorável para o Marítimo.
“Para que este desfecho fosse possível, foi muito importante o diálogo e a compreensão do presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, e do presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes. Estiveram sempre disponíveis para ouvir o Marítimo e prontificaram-se, desde o primeiro momento, em agilizar todo o processo”, elogiou o líder do emblema ‘verde rubro’.
ZAP // Lusa