Para dar resposta ao aumento do preço dos combustíveis, o Governo alargou o valor máximo que cada consumidor pode receber através do Autovoucher, de cinco para 20 euros.
Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, o barril de petróleo atingiu máximos, o gás chegou a valores recordes, a eletricidade escalou e o preço de vários alimentos agravou-se.
Os preços do gasóleo e da gasolina vão disparar com subidas superiores a 14 e oito cêntimos por litro, respetivamente, acompanhando a subida das cotações dos produtos petrolíferos nos mercados internacionais, segundo fontes do setor.
O ministro das Finanças, João Leão, anunciou esta sexta-feira as medidas tomadas para dar resposta à “escalada súbita, imediata e sem precedentes do preço dos combustíveis”.
Uma das medidas é o aumento do valor máximo que cada consumidor pode receber através do Autovoucher, de cinco para 20 euros, durante o mês de março.
O programa foi criado em novembro do ano passado e correspondia a um subsídio de até cinco euros por mês, através de um desconto de dez cêntimos por litro de combustível, num total de 50 litros mensais.
Além disso, até 30 de junho, vai ser mantido o mecanismo de devolução do ganho extra de IVA com o ISP. Paralelamente, também se manterá até essa data a suspensão do aumento da taxa de carbono.
“A situação atual ainda é de grande incerteza”, afirmou João Leão. “Na reunião de ontem dos ministros das Finanças da União Europeia, ficou decidido que a Comissão Europeia vai anunciar um pacote de medidas de orientação coordenadas para mitigar o aumento dos preços da energia. Acontece que, face à escalada súbita, imediata e sem precedentes do preço dos combustíveis, e sobretudo tendo em conta o aumento projetado já para a próxima semana, tivemos de agir de imediato”.
O Governo vai também manter o desconto atribuído aos transportes públicos na aquisição de combustível. O desconto a atribuir a táxis e autocarros será aumentado de 10 para 30 cêntimos por litro, por um período de três meses.
Uma nota da BA&N Research Unit, citada pela revista Sábado, realça que o Estado passará a arrecadar entre as várias taxas e o IVA mais de um euro por litro de gasolina com a subida prevista para a próxima semana.
No preço final da gasolina, “mais de metade (53%) são impostos”. No gasóleo, representa cerca de 45% do preço médio.
Costa, Costa… já deixavas esta estupidez e baixavas os impostos sobre os combustíveis!