O presidente do CDS-PP quer que as eleições autárquicas sirvam de “rampa de lançamento” para “a mudança” que tem que ser feita através de “uma aliança” entre os dois partidos tradicionais do centro direita.
“Esta mudança acredito que tem de ser feita através de conjugação de esforços e de uma aliança entre os dois partidos tradicionais do centro direita que já tantas vezes conseguiu resgatar o país da dívida, do empobrecimento, do clientelismo, do amiguismo, do anarquismo social e da cultura revolucionária e experimentalista da esquerda e da extrema esquerda, que são o PSD e o CDS”, afirmou, esta sexta-feira, Francisco Rodrigues dos Santos durante a apresentação do candidato da coligação PSD/CDS-PP em Santa Marta de Penaguião.
O líder do CDS referiu que os dois partidos “estão destinados a ter que se entender no futuro”.
“E eu gostaria que estas eleições autárquicas ajudassem a virar o país à direita e a desenhar uma alternativa de centro direita para governar Portugal, que retirasse o PS do poder nacional. Porque as eleições autárquicas têm sempre uma leitura e uma interpretação a nível nacional que nós podemos começar a definir ganhando câmaras à esquerda”, salientou.
Rodrigues dos Santos quer “que as eleições autárquicas sirvam também de rampa de lançamento para essa alternativa a nível nacional” e salientou que, certamente, os dois partidos – CDS-PP e PSD – “terão que se entender e empenhar à semelhança daquilo que a esquerda tem feito para governar Portugal”.
“Nós queremos naturalmente libertar o país da escravatura fiscal do PS, do agigantamento da máquina do Estado através de uma contratação pública recorde, nós queremos apostar na iniciativa privada, nós queremos uma nova ética e forma de estar na política e que não seja com base nas proximidades ao PS que se definam as oportunidades de cada um, como vimos por exemplo no caso do Procurador Europeu”, destacou.
O líder do CDS-PP sublinhou que “é preciso resgatar também a ética e a moral com que se faz política em Portugal”.
Francisco Rodrigues dos Santos disse ainda que o Governo “preferiu usar” o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para “garantir uma vitória eleitoral nas próximas eleições em vez de ajudar o país a recuperar” e referiu que “os mais afetados por esta crise foram os empresários e os trabalhadores do setor privado”.
O presidente centrista discursava durante o jantar de apresentação da candidatura de Daniel Teles à Câmara de Santa Marta de Penaguião, à frente da coligação PSD/CDS-PP “A Força da Mudança”.
O líder nacional do CDS-PP quer mais “liberdade” para Santa Marta de Penaguião, no distrito de Vila Real, e salientou que “não pode haver liberdade sem crescimento económico”.
“Porque o único emprego acaba por ser a Câmara Municipal a máquina do Estado”, apontou.
Neste concelho marcado pelo envelhecimento, o líder centrista reforçou a importância do “vale farmácia”, cujo projeto de resolução foi aprovado pelo Parlamento, mas não implementado pelo Governo, referindo que é uma medida de apoio aos idosos de baixo rendimentos que são “confrontados todos os dias com uma escolha desumana entre comprar alimentos ou comprar medicamentos”.
O candidato pela coligação, Daniel Teles, salientou a luta contra o despovoamento, lembrou o plano de apoio à natalidade, já apresentado ao executivo municipal liderado pelo PS, e reforçou a aposta no desenvolvimento económico com vista à criação de emprego e à fixação dos jovens.
// Lusa