Os números de agosto refletem ainda uma subida de 140% face à média de igual período dos anos anteriores.
O período prolongado de seca que Portugal atravessa já levou diversas autarquias a recorrer a autotanques para o abastecimento das localidades. De acordo com o Jornal de Notícias, em agosto deste ano foram realizadas 2346 operações, o valor mais elevado desde 2017. Como seria de esperar, esta realidade também está a ter repercussões ao nível da despesa, já que em Bragança subiu em 36 mil euros.
A mesma fonte dá especial destaque às câmaras dos distritos de Bragança, de Viseu e de Vila Real, como é o caso de territórios como Chaves, Carrazeda de Ansiães, Mogadouro, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Vimioso, São Pedro do Sul, Tabuaço, Tarouca, Mangualde e Vouzela.
Os números de agosto refletem ainda uma subida de 140% face à média de igual período dos anos anteriores, num mês em que 39,6% do território estava em seca extrema. No que respeita aos municípios com números mais elevados de operações, destaca-se Bragança (257), Mirandela (193), Chaves (160), Castro Daire (158) e São Pedro do Sul (160). Na autarquia de Mirandela, avança a autarca Júlia Rodrigues, foi disponibilizada à população “11,2 milhões de litros de água”, num total de 556 operações de fornecimento com custo estimado de 177 mil euros”.
Em Bragança, a despesa com o transporte e o fornecimento de água chegaram a 44 007 euros, no período compreendido janeiro e agosto, o que representa um aumento de cerca de 36 mil euros face ao mesmo período do ano passado.
Os últimos meses foram também de recordes em Vouzela, concelho onde o recurso a cisternas é habitual durante o período de verão, mas não em níveis como os registados em 2022. De acordo com os dados revelados pela autarquia, a operação iniciada em julho permitiu o transporte de mais de três milhões de litros de água.
