Em Camberra, na Austrália, a comida cai do céu. Os drones da Wing, empresa detida pela Alphabet, que está por trás da Google, entregam em casa comida, café e medicamentos.
O projeto começou a ser testado em 2014. O cliente faz o pedido no conforto da sua casa e um drone surge no céu com a comida, sobrevoa o jardim e deixa cair a embalagem com a ajuda de uma corda.
A Wing foi projetada para permitir que os utilizadores façam pedidos através de uma aplicação, com entregas feitas por drone em poucos minutos. Alimentos frescos, café, gelados e medicamentos, são alguns dos produtos mais comercializados.
Inicialmente, as entregas do Wing serão limitadas a cem residências em três subúrbios – Crace, Palmerston e Franklin. A Wing espera expandir-se gradualmente para mais dois bairros nos próximos meses. A entrega será gratuita nos primeiros três meses.
Até agora o processo tem sido seguro, mas, mesmo assim, os drones não podem sobrevoar estradas com muito movimento nem passar por cima de multidões. Estão também limitados a entregas diurnas.
O problema deste método é o barulho. Vários moradores têm-se queixado que os drones fazem demasiado ruído, tanto a chegar como a partir. O cliente mata a fome, mas os seus vizinhos sofrem com isso. Comparam o som ao de um aspirador em esteróides, por isso a presença das máquinas é “intrusiva”.
“O feedback que recebemos durante os testes foi valioso, ajudando-nos a melhorar as nossas operações para atender às necessidades e expetativas das comunidades nas quais operamos”, afirmou a Wing. A empresa prometeu melhorias e adiantou ter criado um drone mais silencioso, mas que ainda não começou a ser usado.
Outras empresas afirmaram ter lançado o primeiro serviço de entrega comercial de drones do mundo. Isso inclui a Flytrex, que lançou um serviço na Islândia em 2017 em parceria com a AHA, a maior retalhista online do país.